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Aracruz nomeia comitê para avaliar termos da fusão com VCP

Transação, prevista para o final de abril, deve girar em torno de R$ 2,7 bi

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Aracruz Celulose comunicou nesta terça-feira (07/03) a nomeação de três executivos para integrar o comitê independente que vai analisar e fazer recomendações sobre as condições estabelecidas para a compra de suas ações pela Votorantim Celulose e Papel (VCP).

Os membros eleitos não têm envolvimento na administração da companhia e foram escolhidos pela experiência técnica. São eles: Eleazar de Carvalho Filho, que presidiu o BNDES em 2001, tendo ocupado outros cargos de importância no setor privado; José Roberto Mendonça de Barros, economista e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, cargo que ocupou entre 1995 e 1998; e José Pio Borges de Castro Filho, presidente do BNDES entre 1999 e 2000.

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O acordo firmado entre as companhias consiste na compra de 28% da participação da família Safra na Aracruz Celulose pela VCP, o que representa um controle de 84% na empresa. A VCP, que já tinha uma participação de 28% na Aracruz, acabou adquirindo no início deste ano outros 28% pertencentes as famílias Lorentzen, Almeida Braga e Moreira Salles, em uma transação de 2,7 bilhões de reais.

Além disso, a VCP também fará uma oferta de recompra das ações ordinárias da Aracruz por um preço equivalente a 80% do montante pago às famílias Safra e Lorentzen. O negócio também prevê uma injeção de capital na VCP pelo BNDES e a incorporação das ações preferenciais da Aracruz, que serão trocadas por papéis da VCP.

A nomeação do comitê deve-se à polêmica relação de troca entre essas ações. Os controladores da Aracruz receberam o mesmo montante que havia sido acertado antes da descobertas das perdas bilionárias da empresa com derivativos de câmbio. Já os detentores de ações preferenciais não tiveram direito a "tag along" e vão receber um valor muito menor do que o pago pelos papéis ordinários.

O negócio recebeu uma chuva de críticas no mercado, principalmente devido ao apoio do BNDES para sua concretização mesmo com os termos bastante desfavoráveis acertados para os acionistas minoritários. Para viabilizar a fusão, as empresas vão contar com cerca de 2,4 bilhões de reais do BNDES.

Às 15h40, os papéis da VCP (VCPA4) subiam 1,39%, para 13,12 reais, enquanto os da Aracruz (ARCZ3) estavam em queda de 0,27%, para 14,86 reais.

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