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América Latina esboça novas tendências em negócios, diz HBS

Para Gustavo Herrero, diretor executivo do Latin America Research Center, braço da Harvard Business School, o foco nas classes C e D passa a compor o núcleo da estratégia de negócios das empresas

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

As empresas que operam na América Latina estão encarando a população de baixa renda como potenciais clientes, em vez de destinatários de ações beneficentes (leia reportagem de EXAME sobre o potencial de consumo das classes C e D). Esta é uma das tendências dos negócios na região, de acordo com Gustavo Herrero, diretor executivo de um centro de pesquisa mantido pela Harvard Business School (HBS) em Buenos Aires.

"A globalização não parece estar estreitando o fosso entre ricos e pobres, e as empresas têm percebido que não podem ignorar a multidão que vive abaixo da linha da pobreza", afirma Herrero. Segundo o analista, em termos mundiais essa população soma quatro bilhões de pessoas, ou 60% da população total, um enorme contingente que está alienado do crédito e do consumo. "As corporações começam a focar esse segmento como uma parte importante de sua estratégia central de negócios, em vez de uma iniciativa de filantropia tocada por departamentos periféricos na organização."

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Esse movimento social e empresarial é tão significativo que a HBS está planejando uma conferência sobre o tema em novembro de 2005.

Outra tendência destacada por Herrero é o crescimento dos pequenos e médios negócios como geradores de emprego e renda. "Não são mais negociantes experientes, que criavam microempreendimentos para permanecer despercebidos, especialmente pelo Fisco", diz o analista. "Agora são jovens que não encontram emprego e abrem seu próprio negócio. A tecnologia avançou de tal modo que permite a tais empreendedores competir com empresas maiores."

Finalmente, Herrero aponta o fornecimento de serviços básicos como água, eletricidade, saneamento e estradas como outra área em que mudanças importantes vão criar desafios gerenciais. "Privatizações ineficientes e intervenções governamentais posteriores me levam a crer que há tarefas pendentes nessa área."

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