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Acionistas da Disney dividem;comando da empresa

Michael Eisner, que ocupava os postos de presidente da Walt Disney e também do seu conselho de administração, foi destituído do segundo cargo depois que 43% dos acionistas da empresa explicitaram pouca confiança na sua liderança. A saída de Eisner do conselho está sendo interpretada como um dos maiores levantes já feitos contra um executivo […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Michael Eisner, que ocupava os postos de presidente da Walt Disney e também do seu conselho de administração, foi destituído do segundo cargo depois que 43% dos acionistas da empresa explicitaram pouca confiança na sua liderança. A saída de Eisner do conselho está sendo interpretada como um dos maiores levantes já feitos contra um executivo na história recente do mundo corporativo americano. Seu lugar foi dado ao ex-senador George Mitchell. Daqui pra frente, Eisner não participará das decisões estratégicas do grupo e sua rotina se limiatará a monitorar o dia- a- dia do gigante americano do entretenimento.

Por trás do afastamento de Eisner está uma campanha de bota-fora articulada por dois ex-executivos do grupo, Roy E. Disney, neto do fundador, e Stanley P. Gold. Há muito descontentes com a gestão de Eisner, os dois classificam de "letárgico" o desempenho da empresa nos últimos anos, além de achar que o conselho dava a ele autonomia demais.

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A divisão de poder entre Eisner e Mitchell, no entanto, não satisfez completamente os dois ex-executivos. Eles não só queriam o total afastamento de Eisner da empresa, como não viram a subida de Mitchell com bons olhos. A opinião de ambos é de que, além de ter relações muito próximas com Eisner, o novo chefe do conselho está pouco comprometido a realizar mudanças significativas no modelo de governança corporativa do grupo.

Em uma entrevista na noite de ontem (3/3), à rede de TV ABC, que pertence à Disney, Eisner afirmou que pretende ficar no seu novo posto até que o seu contrato vença em 2006, mas que está ciente do atmosfera pouco favorável à sua permanência no grupo que Roy Disney e Gold conseguiram criar.

O afastamento de Eisner não foi um escândalo, mas provocou um rebuliço no mundo corporativo americano ao lembrar a todos do poder que possuem os acionistas e o quanto pode ser bom ou ruim para uma empresa um executivo ocupar ao mesmo tempo as funções de presidente e chefe do conselho.

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