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União Europeia prolonga durante um ano sanções contra a Venezuela

UE impôs no ano passado sanções contra a Venezuela, por minar, em sua opinião, a democracia, o Estado de direito e os direitos humanos

União Europeia aprovou nesta terça-feira a prorrogação por um ano das sanções contra a Venezuela (Ian Waldie/Getty Images)
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AFP

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 10h19.

A União Europeia (UE) aprovou nesta terça-feira a prorrogação por um ano das sanções contra a Venezuela , com as quais pretende pressionar o governo de Nicolás Maduro a restaurar a democracia e os direitos humanos no país.

"Tendo em vista a contínua deterioração da situação na Venezuela, o Conselho [da UE] decidiu renovar as medidas restritivas atualmente em vigor até 14 de novembro de 2019", anunciou a instituição que representa os países do bloco.

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Os países confirmam assim as palavras da chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, que dias atrás reiterou que o bloco não pretende "suavizar sua posição", apesar de estudar a criação de um "grupo de contato para facilitar" uma solução política para a crise que atinge a Venezuela.

A UE impôs no ano passado sanções contra a Venezuela, um país mergulhado em uma crise política, econômica e humanitária, por minar, em sua opinião, a democracia, o Estado de direito e os direitos humanos.

Em 13 de novembro de 2017, o bloco adotou seu regime geral de sanções contra o país latino-americano e impôs um primeiro embargo de armas, bem como de material que poderia ser usado para a repressão interna.

A eleição de uma Assembleia Constituinte, que não é reconhecida pela oposição venezuelana e nem pela comunidade internacional, foi o ponto de virada para a UE, juntamente com os quatro meses de protestos entre abril e julho de 2017 que deixaram cerca de 125 mortos.

Diante da deterioração da situação no país, em 22 de janeiro, os europeus decidiram sancionar sete autoridades do primeiro escalão, incluindo Diosdado Cabello, número dois do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

A UE impôs a Cabello o congelamento de bens e a proibição de viajar para o bloco, assim como o restante dos sancionados, como o ministro do Interior, os presidentes do poder eleitoral e do Supremo Tribunal de Justiça, entre outros.

Após as eleições presidenciais de 20 de maio, em que Maduro foi reeleito, mas que foram boicotadas pelos principais partidos da oposição, os europeus ampliaram sua 'lista negra' para outros 11 altos funcionários, incluindo Delcy Rodríguez.

A inclusão da vice-presidente representa a posição mais alta sancionada por uma UE que evita punir diretamente o presidente venezuelano para não quebrar as pontes de comunicação com o governo deste país, mergulhado em uma crise profunda.

Cerca de 1,9 milhão de pessoas deixaram a Venezuela desde 2015, fugindo da crise econômica e política que o país atravessa, segundo a ONU. Cerca de 5.000 cidadãos deixam o país diariamente, no maior movimento populacional da história recente da América Latina.

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