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Copa aumenta confiança de franceses, mas não popularidade de Macron

Só 39 por cento dos entrevistados disseram que Macron é um bom presidente, uma queda de dois pontos percentuais em relação à sondagem de 26 de junho

Macron concede entrevista em Paris 17/7/2018 REUTERS/Gonzalo Fuentes/Divulgação (Gonzalo Fuentes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 17 de julho de 2018 às 15h50.

Última atualização em 17 de julho de 2018 às 15h51.

Paris - Conquistar a Copa do Mundo transformou os franceses, pessimistas de longa data, em otimistas, mas não elevou a popularidade do presidente Emmanuel Macron, mostrou uma pesquisa nesta terça-feira.

Cerca de 62 por cento dos franceses entrevistados pelo instituto de pesquisas Odoxa em 16 de julho, um dia após a vitória emocionante de 4 x 2 da França sobre a Croácia em Moscou, disseram que agora estão otimistas com o futuro.

Em março de 2016, quando o Odoxa fez a pergunta pela última vez, 53 por cento deles se diziam "pessimistas".

Cerca de 82 por cento dos franceses acreditam que o triunfo dos Les Bleus fortalecerá o orgulho nacional, e 39 por cento disseram que o acontecimento terá um impacto positivo em seu próprio moral, segundo o Odoxa.

Mas a segunda conquista francesa de uma Copa do Mundo, vinda depois da vitória no Mundial de 1998 em casa, não melhorou a aprovação de Macron, apesar de as fotos do líder de 40 anos esmurrando o ar em comemoração diante das façanhas da seleção em campo terem viralizado nas redes sociais.

Só 39 por cento dos entrevistados pela Odoxa disseram que Macron é um bom presidente, uma queda de dois pontos percentuais em relação à sondagem anterior de 26 de junho.

"A vitória de 2018 não terá tido o mesmo impacto na popularidade de Emmanuel Macron que a de 1998 teve na de Jacques Chirac", disse o presidente do Odoxa, Gael Sliman, em uma nota.

"Ele pode ter sido considerado sinceramente simpático no clima festivo da vitória, mas é visível que isso não muda nada nas expectativas que se tem dele nos frontes econômico e social."

Mesmo assim o êxito esportivo é uma boa notícia para o líder francês, disse Sliman, por elevar a confiança antes das medidas de austeridade que são esperadas no projeto de lei do orçamento em setembro.

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