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Sayad e Malan são fortes candidatos à presidência do BID, diz;<EM>El Clarín</EM>

Segundo o jornal argentino, atual presidente quer coroar sua longa gestão com o ingresso da China no rol de membros do Banco Interamericano de Desenvolvimento, mas deve sofrer oposição de japoneses e americanos, contrári

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A disputa pela presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), depois de 17 anos de gestão de Enrique Iglesias, inclui candidaturas brasileiras com reais chances de vitória. A escolha do Brasil como sede da próxima assembléia do banco pode ser um indicativo dessas chances, afirma reportagem do jornal argentino El Clarín. A escolha segue outra vitória brasileira, a criação de uma vice-presidência latino-americana, ocupada por João Sayad, ex-secretário de Finanças do município de São Paulo. Assim como Sayad, outro brasileiro é indicado como "forte candidato" à presidência do BID. El Clarín menciona Pedro Malan, ministro da Fazenda durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso, como outra candidatura com chances de sucesso.

Lobby ativo

Os brasileiros não estão sozinhos. O presidente colombiano Álvaro Uribe está fazendo lobby ativo para que um conterrâneo seu assuma a presidência do BID. E o boliviano Enrique García, presidente da Corporação Andina de Fomento, também está no páreo. O argentino Roberto Lavagna, ministro da Economia de Néstor Kirchner, chegou a ser cotado, mas as "feridas abertas" da reestruturação da dívida, diz El Clarín, inviabilizaram sua candidatura. Segundo uma especialista ouvida pelo jornal, o próximo presidente do BID deve obter consenso na América Latina, sem dispensar o sinal verde dos Estados Unidos.

A instituição, criada em 1959 para apoiar economias com setor privado frágil e mercado de capital incipiente, é formada por 47 países-membros e detém atualmente fundos com 101 bilhões de dólares. A 46ª assembléia anual do conselho diretor do banco está sendo realizada no Japão. Segundo El Clarín, Iglesias quer coroar sua gestão com o ingresso da China e conta para tanto com o apoio do Brasil e da Argentina. "Mas ele deve enfrentar resistência do Japão e dos Estados Unidos, que se opõem a um vínculo estreito entre a América Latina e a China", afirma a reportagem.

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