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Resolução árabe é perigosa e encoraja terrorismo, diz Síria

O governo de Damasco afirmou nesta quarta-feira que a resolução adotada na cúpula de Doha contra a Síria viola de maneira flagrante a carta da Liga Árabe

O presidente sírio Bashar al-Assad: Damasco considerou que a Liga Árabe perdeu sua credibilidade e se transformou em parte da crise síria (Russia Today/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 13h43.

Damasco - O governo de Damasco afirmou nesta quarta-feira que a resolução adotada na cúpula de Doha contra a Síria viola de maneira flagrante a carta da Liga Árabe e representa um precedente "perigoso e destrutivo" que encoraja o terrorismo.

Em comunicado divulgado pela agência oficial "Sana", as autoridades sírias consideraram que a decisão árabe procura conceder um "apoio falso a alguns países que anunciaram seu respaldo ao terrorismo na Síria e sua ajuda com fundos e armas inclusive para grupos vinculados à Al Qaeda".

Damasco considerou que a Liga Árabe perdeu a credibilidade e se transformou em parte da crise síria. Ontem, vários de seus países-membros defenderam na cúpula de Doha o direito a armar os rebeldes e cederam a cadeira da Síria no organismo à oposição.

"O trabalho irresponsável da Liga Árabe fez com que fosse dado o assento da Síria a uma parte ilegítima que desfraldou uma bandeira que não é a nacional síria", denunciou a nota.

Para as autoridades sírias, a organização pan-árabe já não pode desempenhar nenhum papel para resolver o conflito sírio. Por isso, Damasco acrescentou que se reserva o direito de adotar as medidas que considerar adequadas para defender sua soberania e os interesses da população local.

O Governo destacou que essa resolução é um precedente que trará "consequências perigosas" para a Liga Árabe e para a segurança e a estrutura de toda a região.

Nesse sentido, alertou que a decisão de ontem de Doha tem como a Síria como alvo, mas que no futuro serão adotadas medidas semelhantes contra outros países.


Segundo os sírios, a Liga Árabe se submeteu à "política de castigo e recompensa", enquanto o Catar "tomou para si a decisão e a vontade da organização".

O Catar impôs políticas e posturas que se contrapõem com a história e a carta de fundação da Liga em cumprimento, na opinião de Damasco, "de um plano de Israel e dos países ocidentais que o apoiam".

"Aqueles países que brincam com fogo ao armar, instruir e acolher terroristas não estarão salvos da extensão deste incêndio", advertiram as autoridades da Síria.

Na opinião do regime sírio, as resoluções adotadas pela Liga Árabe desde que começou o conflito, em março de 2011, ajudaram a "manter o derramamento de sangue, encorajar o terrorismo e obstaculizar os verdadeiros esforços para ser encontrada uma solução política".

Os países árabes defenderam ontem o direito de armar os rebeldes sírios no encerramento de sua 24ª cúpula, na qual a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança da oposição, ocupou o assento correspondente ao país.

Além disso, pediram às organizações internacionais que reconheçam a CNFROS como "único representante legítimo do povo sírio" e que ajudem o povo sírio a continuar sua luta até que seja fundado "um estado de direito".

A Liga Árabe suspendeu a participação do regime sírio de Bashar al Assad no organismo em novembro de 2011 pela repressão governamental dos protestos.

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Damasco - O governo de Damasco afirmou nesta quarta-feira que a resolução adotada na cúpula de Doha contra a Síria viola de maneira flagrante a carta da Liga Árabe e representa um precedente "perigoso e destrutivo" que encoraja o terrorismo.

Em comunicado divulgado pela agência oficial "Sana", as autoridades sírias consideraram que a decisão árabe procura conceder um "apoio falso a alguns países que anunciaram seu respaldo ao terrorismo na Síria e sua ajuda com fundos e armas inclusive para grupos vinculados à Al Qaeda".

Damasco considerou que a Liga Árabe perdeu a credibilidade e se transformou em parte da crise síria. Ontem, vários de seus países-membros defenderam na cúpula de Doha o direito a armar os rebeldes e cederam a cadeira da Síria no organismo à oposição.

"O trabalho irresponsável da Liga Árabe fez com que fosse dado o assento da Síria a uma parte ilegítima que desfraldou uma bandeira que não é a nacional síria", denunciou a nota.

Para as autoridades sírias, a organização pan-árabe já não pode desempenhar nenhum papel para resolver o conflito sírio. Por isso, Damasco acrescentou que se reserva o direito de adotar as medidas que considerar adequadas para defender sua soberania e os interesses da população local.

O Governo destacou que essa resolução é um precedente que trará "consequências perigosas" para a Liga Árabe e para a segurança e a estrutura de toda a região.

Nesse sentido, alertou que a decisão de ontem de Doha tem como a Síria como alvo, mas que no futuro serão adotadas medidas semelhantes contra outros países.


Segundo os sírios, a Liga Árabe se submeteu à "política de castigo e recompensa", enquanto o Catar "tomou para si a decisão e a vontade da organização".

O Catar impôs políticas e posturas que se contrapõem com a história e a carta de fundação da Liga em cumprimento, na opinião de Damasco, "de um plano de Israel e dos países ocidentais que o apoiam".

"Aqueles países que brincam com fogo ao armar, instruir e acolher terroristas não estarão salvos da extensão deste incêndio", advertiram as autoridades da Síria.

Na opinião do regime sírio, as resoluções adotadas pela Liga Árabe desde que começou o conflito, em março de 2011, ajudaram a "manter o derramamento de sangue, encorajar o terrorismo e obstaculizar os verdadeiros esforços para ser encontrada uma solução política".

Os países árabes defenderam ontem o direito de armar os rebeldes sírios no encerramento de sua 24ª cúpula, na qual a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança da oposição, ocupou o assento correspondente ao país.

Além disso, pediram às organizações internacionais que reconheçam a CNFROS como "único representante legítimo do povo sírio" e que ajudem o povo sírio a continuar sua luta até que seja fundado "um estado de direito".

A Liga Árabe suspendeu a participação do regime sírio de Bashar al Assad no organismo em novembro de 2011 pela repressão governamental dos protestos.

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