Miami - Quase três de cada quatro americanos acham que a polícia deveria prender o vigilante voluntário da Flórida que matou um adolescente negro desarmado, um caso que suscitou a fúria da comunidade afro-americana do país.

Segundo uma pesquisa realizada pela ORC International e divulgada nesta segunda-feira pela rede de televisão 'CNN', 73% dos consultados disse que o vigilante George Zimmerman deve ser preso, enquanto 11% discordaram e 16% assinalaram não ter certeza.

A enquete foi divulgada no mesmo dia em que se completa um mês da morte de Trayvon Martin em Sanford, no centro do estado da Flórida, e milhares de cidadãos planejam participar de diversos atos de protesto.

Zimmerman, um homem que vigiava de maneira voluntária a comunidade onde ocorreu o incidente e que tinha permissão para levar armas, disparou contra Martin no dia 26 de fevereiro alegando legítima defesa quando seguia o adolescente, que vestia um suéter com capuz.

O vigilante, americano-peruano de 28 anos, tinha chamado à polícia para notificar a presença do jovem, de 17 anos, que só tinha doces e uma bebida não alcoólica na mão.

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Um mês depois, Zimmerman permanece em liberdade amparado pela lei 'Stand Your Ground' ('Defende sua posição'), que concede às pessoas liberdade para recorrer ao uso da força para defender-se.

Segundo os resultados da pesquisa, 67% dos brancos consultados e 86% dos demais se pronunciaram a favor que o vigilante esteja atrás das grades, a partir do que se deduz que a maioria dos americanos, independentemente de sua afiliação política, compartilha esta ideia.

No entanto, a enquete determinou que 55% das pessoas indagadas estão a favor da lei 'Stand Your Ground' frente a 43% que a desaprova.

Além disso, 64% dos homens disseram que respaldam essa norma, enquanto apenas 46% das mulheres têm a mesma opinião. Também estão a favor dela 59% dos brancos e 44% dos demais.

Ao serem consultados se estão de acordo com a permissão de os vigilantes voluntários que não sejam policiais portarem armas, 76% se opôs e 22% a aprovou.

A pesquisa de opinião foi realizada entre 1.014 entrevistados por telefone entre os dias 24 e 25 de março e tem uma margem de erro de três pontos percentuais.