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Presidente da UE descarta saída da Grécia da zona do euro

A declaração foi feita num momento em que os mercados acentuam sua pressão diante da degradação das finanças gregas

Van Rompuy: uma saída da Zona Euro "geraria mais problemas que soluções" (Louisa Gouliamaki/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2011 às 10h31.

Bruxelas - O presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy, descartou nesta segunda-feira que a Grécia ou qualquer outro país se vejam obrigados a sair da Zona Euro devido as suas dificuldades, num momento em que os mercados acentuam sua pressão diante da degradação das finanças gregas.

Uma saída da zona do euro "geraria mais problemas que soluções", disse Van Rompuy a uma rádio holandesa. "A primeira coisa que deve ser feita é colocar em ordem os assuntos dos países que, no passado, realizaram uma gestão ruim e que atualmente enfrentam problemas", acrescentou.

As declarações de Van Rompuy ocorrem pouco depois que a missão dos credores da Grécia, composta pelo Banco Central Europeu (BCE), pela Comissão Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), interrompeu a auditoria que realizava neste país.

A delegação da Troika registrou "bons avanços" nas negociações com Atenas, mas interrompeu temporariamente os trabalhos para dar tempo para as autoridades gregas elaborarem o orçamento de 2012 e afinarem seu programa de reformas estruturais.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, admitiu na sexta-feira que a Grécia não poderá reduzir neste ano seu déficit orçamentário até o nível que o governo propunha devido ao agravamento da recessão.

O ministro indicou que a economia grega se contrairá cerca de 5% em 2011, contra os 3,5% previstos, e julgou "muito arriscado" prever que a economia voltará a crescer em 2012, contrariamente às projeções do plano de recuperação ditado pela UE e pelo FMI.

A auditoria realizada pela Troika forma parte dos controles trimestrais previstos no âmbito de um primeiro pacote de resgate, de 110 bilhões de euros, concedido à Grécia no ano passado. A entrega neste outono boreal do sexto pacote do empréstimo (8 bilhões de euros) depende do resultado desta missão.

As bolsas europeias abriram nesta segunda-feira em queda pela crise da dívida na Europa e por temores de recessão nos Estados Unidos.

"Os mercados financeiros observam que há mais problemas ainda na execução de planos (econômicos) na Grécia e na Itália. A Europa deve aumentar a pressão sobre esses países, de modo que implementem os planos (de resgate) que eles mesmos conceberam", disse Van Rompuy.

Os investidores estão preocupados com a execução do segundo plano de resgate da Grécia de 160 bilhões de euros, aprovado em julho com o objetivo de evitar a falência do país.

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Uma saída da zona do euro "geraria mais problemas que soluções", disse Van Rompuy a uma rádio holandesa. "A primeira coisa que deve ser feita é colocar em ordem os assuntos dos países que, no passado, realizaram uma gestão ruim e que atualmente enfrentam problemas", acrescentou.

As declarações de Van Rompuy ocorrem pouco depois que a missão dos credores da Grécia, composta pelo Banco Central Europeu (BCE), pela Comissão Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), interrompeu a auditoria que realizava neste país.

A delegação da Troika registrou "bons avanços" nas negociações com Atenas, mas interrompeu temporariamente os trabalhos para dar tempo para as autoridades gregas elaborarem o orçamento de 2012 e afinarem seu programa de reformas estruturais.

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, admitiu na sexta-feira que a Grécia não poderá reduzir neste ano seu déficit orçamentário até o nível que o governo propunha devido ao agravamento da recessão.

O ministro indicou que a economia grega se contrairá cerca de 5% em 2011, contra os 3,5% previstos, e julgou "muito arriscado" prever que a economia voltará a crescer em 2012, contrariamente às projeções do plano de recuperação ditado pela UE e pelo FMI.

A auditoria realizada pela Troika forma parte dos controles trimestrais previstos no âmbito de um primeiro pacote de resgate, de 110 bilhões de euros, concedido à Grécia no ano passado. A entrega neste outono boreal do sexto pacote do empréstimo (8 bilhões de euros) depende do resultado desta missão.

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"Os mercados financeiros observam que há mais problemas ainda na execução de planos (econômicos) na Grécia e na Itália. A Europa deve aumentar a pressão sobre esses países, de modo que implementem os planos (de resgate) que eles mesmos conceberam", disse Van Rompuy.

Os investidores estão preocupados com a execução do segundo plano de resgate da Grécia de 160 bilhões de euros, aprovado em julho com o objetivo de evitar a falência do país.

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