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Operação prende 42 funcionários e empresários na Venezuela por corrupção

Os funcionários são acusados de "apropriação ou desvio de propriedade pública, se gabar ou tirar vantagem de relacionamentos ou influências, lavagem de dinheiro, associação e traição à pátria"

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O deputado Hermann Escarrá falou em até 23 bilhões, embora tenha negado posteriormente essa versão (AFP/AFP Photo)

O deputado Hermann Escarrá falou em até 23 bilhões, embora tenha negado posteriormente essa versão (AFP/AFP Photo)

Mais de 40 pessoas foram detidas na Venezuela como parte de uma "cruzada" contra a corrupção dentro da estatal petroleira PDVSA e de outras empresas governamentais, entre eles, funcionários de alto escalão e empresários, informou o Ministério Público.

"O Ministério Público conseguiu até o momento — junto com os órgãos auxiliares — a prisão de 42 pessoas ligadas aos vários esquemas de corrupção que visavam desviar (...) a economia nacional, prejudicando em geral a comunidade", tuitou o procurador-geral Tarek William Saab.

As prisões começaram em 17 de março, após um comunicado da Polícia Nacional Anticorrupção, órgão que atua em absoluto sigilo, pedir ao Ministério Público que processasse funcionários que "poderiam estar envolvidos em atos graves de corrupção e desvio de fundos”.

O presidente da estatal Corporação Venezuelana de Guayana (CVG) e os responsáveis pela Siderúrgica do Orinoco (Sidor) foram os detidos mais recentes.

Acusações diversas de corrupção na Venezuela

Fontes judiciais disseram à AFP que Maldonado, ex-diretor do Banco Central da Venezuela (BCV), fazia parte de um esquema de corrupção liderado pelo ex-deputado Hugbel Roa, importante líder do Partido Socialista Único da Venezuela (Psuv) durante anos e atualmente detido.

Os funcionários são acusados de "apropriação ou desvio de propriedade pública, se gabar ou tirar vantagem de relacionamentos ou influências, lavagem de dinheiro, associação e traição à pátria", disse em 25 de março o promotor, durante uma conferência.

Saab explicou que vários acusados passaram a "realizar operações petrolíferas paralelas" às da PDVSA por meio de "cargas de petróleo bruto em navios (...) sem nenhum tipo de controle administrativo".

Neste contexto, o poderoso ministro do Petróleo sancionado pelos EUA, Tareck El Aissami renunciou ao cargo em 21 de março.

O valor do desvio não foi revelado até agora porque a investigação está na primeira fase. Os relatos da imprensa apontam, no entanto, para pelo menos 3 bilhões de dólares (cerca de 15,2 bilhões de reais em valores atuais.

O deputado Hermann Escarrá falou em até 23 bilhões, embora tenha negado posteriormente essa versão.

Os acusados podem pegar penas de 25 a 30 anos, afirmou o promotor Tarek William Saab à AFP. A pena máxima de prisão na Venezuela é de 30 anos.

Além disso, "os bens apreendidos do crime passam para as mãos do Estado”, completou Saab, que não descarta novas prisões enquanto as investigações avançam.

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