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ONU afirma que rebeldes do Congo estão quase derrotados

Os rebeldes congoleses do M23 perderam quase todas as posições depois da ofensiva das tropas governamentais, apoiadas pelas forças de paz da ONU

Um soldado congolês de guarda em Kiwanja, uma cidade localizada a 20 quilômetros do local dos confrontos entre as tropas do governo e os rebeldes, em 2 de novembro de 2013 (Junior D. Kannah/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2013 às 16h16.

Nova York - Os rebeldes congoleses do M23 perderam quase todas as posições e estão "liquidados" como força militar depois da ofensiva das tropas governamentais, apoiadas pelas forças de paz da ONU , informou neste domingo o chefe da missão da ONU na República Democrática do Congo (RDC).

"Podemos dizer que o M23 está militarmente acabado", afirmou em Nova York o francês Gerard Araud, citando um relatório entregue ao Conselho de Segurança por Martin Kobler, chefe da Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo (Monusco).

"O ataque, realizado pelas forças armadas da República Democrática do Congo com o apoio da Monusco, foi um sucesso", afirmou Araud, baseando-se nos dados fornecidos por Kobler, que está na RDC, através de uma videoconferência.

De acordo com o chefe da Monusco, "praticamente todas as posições do M23 foram abandonadas no domingo, exceto uma pequena região na fronteira com Ruanda."

O exército congolês afirmou ter retomado a estratégica base militar de Rumangabo, a cerca de 40 quilômetros ao norte de Goma, capital do Kivu Norte, região em que o M23 vem lutando contra as forças do governo e as tropas de paz das Nações Unidas nos últimos 18 meses.

Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU se reuniram em Nova York a pedido da França, após a retomada dos combates no leste da RDC entre as tropas do governo e os rebeldes, na última sexta-feira.


Os combates no país se reiniciaram após uma trégua de dois meses e quatro dias, depois da suspensão das negociações entre o governo e os insurgentes. Os dois lados se acusaram mutuamente pelo início das hostilidades.

Até este relatório fornecido por Martin Kobler, sabia-se que o Movimento de 23 de março (M23) controlava uma área de cerca de 700 km2, na fronteira entre Ruanda e Uganda, dois países que regularmente acusam a ONU e o Congo de apoiarem a rebelião. Os países, porém, negam essas acusações.

Ruanda adverte que não vai tolerar mais violações ao seu território

Na reunião do Conselho de Segurança, o embaixador de Ruanda na ONU, Eugene Gasana, mais uma vez advertiu que "não irá tolerar por muito mais tempo violações da integridade territorial", segundo fontes diplomáticas .

"Se houver mais provocações, Ruanda será forçada a agir", destacou Gasana, de acordo com esta fonte, acrescentando que, durante o fim de semana, o território de seu país foi alvo de fogo de artilharia.

O embaixador da Ruanda afirmou que "dois civis morreram e dez ficaram feridos" depois do bombardeio .

Em um comunicado divulgado após a reunião, o órgão máximo da ONU "condena energicamente" os ataques do M23 contra a Monusco e envia suas "condolências" à família do soldado morto, exigindo que a RDC " investigue o incidente e faça justiça" aos responsáveis.

Além disso, a ONU lamentou "perda de vidas de civis na República Democrática do Congo e na Ruanda."

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Nova York - Os rebeldes congoleses do M23 perderam quase todas as posições e estão "liquidados" como força militar depois da ofensiva das tropas governamentais, apoiadas pelas forças de paz da ONU , informou neste domingo o chefe da missão da ONU na República Democrática do Congo (RDC).

"Podemos dizer que o M23 está militarmente acabado", afirmou em Nova York o francês Gerard Araud, citando um relatório entregue ao Conselho de Segurança por Martin Kobler, chefe da Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo (Monusco).

"O ataque, realizado pelas forças armadas da República Democrática do Congo com o apoio da Monusco, foi um sucesso", afirmou Araud, baseando-se nos dados fornecidos por Kobler, que está na RDC, através de uma videoconferência.

De acordo com o chefe da Monusco, "praticamente todas as posições do M23 foram abandonadas no domingo, exceto uma pequena região na fronteira com Ruanda."

O exército congolês afirmou ter retomado a estratégica base militar de Rumangabo, a cerca de 40 quilômetros ao norte de Goma, capital do Kivu Norte, região em que o M23 vem lutando contra as forças do governo e as tropas de paz das Nações Unidas nos últimos 18 meses.

Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU se reuniram em Nova York a pedido da França, após a retomada dos combates no leste da RDC entre as tropas do governo e os rebeldes, na última sexta-feira.


Os combates no país se reiniciaram após uma trégua de dois meses e quatro dias, depois da suspensão das negociações entre o governo e os insurgentes. Os dois lados se acusaram mutuamente pelo início das hostilidades.

Até este relatório fornecido por Martin Kobler, sabia-se que o Movimento de 23 de março (M23) controlava uma área de cerca de 700 km2, na fronteira entre Ruanda e Uganda, dois países que regularmente acusam a ONU e o Congo de apoiarem a rebelião. Os países, porém, negam essas acusações.

Ruanda adverte que não vai tolerar mais violações ao seu território

Na reunião do Conselho de Segurança, o embaixador de Ruanda na ONU, Eugene Gasana, mais uma vez advertiu que "não irá tolerar por muito mais tempo violações da integridade territorial", segundo fontes diplomáticas .

"Se houver mais provocações, Ruanda será forçada a agir", destacou Gasana, de acordo com esta fonte, acrescentando que, durante o fim de semana, o território de seu país foi alvo de fogo de artilharia.

O embaixador da Ruanda afirmou que "dois civis morreram e dez ficaram feridos" depois do bombardeio .

Em um comunicado divulgado após a reunião, o órgão máximo da ONU "condena energicamente" os ataques do M23 contra a Monusco e envia suas "condolências" à família do soldado morto, exigindo que a RDC " investigue o incidente e faça justiça" aos responsáveis.

Além disso, a ONU lamentou "perda de vidas de civis na República Democrática do Congo e na Ruanda."

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