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Obama anuncia fim de programa de coleta de dados telefônicos

Os Estados Unidos passarão a ter um programa que preservará as capacidades de que precisamos, sem que o governo guarde estes metadados, afirmou uma fonte


	Barack Obama: o presidente dos EUA apresentará nesta sexta-feira as esperadas reformas do sistema de vigilância eletrônica
 (Larry Downing/Reuters)

Barack Obama: o presidente dos EUA apresentará nesta sexta-feira as esperadas reformas do sistema de vigilância eletrônica (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 10h14.

Washington - O presidente Barack Obama deve anunciar nesta sexta-feira o fim do criticado programa de coleta de metadados telefônicos, informou fonte do governo à AFP.

"O presidente dirá que vai ordenar a transição que porá fim ao programa de coleta de metadados telefônicos tal como existe atualmente", assinalou a fonte.

Os Estados Unidos passarão a ter um programa que preservará as capacidades de que precisamos, sem que o governo guarde estes metadados, acrescentou.

"O presidente considera que o programa tem importantes capacidades que nos permitem fazer frente ao terrorismo, mas podemos e devemos ser capazes de preservar essas capacidades atendendo às preocupações sobre a privacidade e a liberdade civil surgidas do fato de que o governo conserva esses metadados", afirmou.

O presidente Barack Obama apresentará nesta sexta-feira as esperadas reformas do sistema de vigilância eletrônica, impulsionadas pelo escândalo causado pelas revelações do ex-técnico da inteligência, Edward Snowden.

Encurralado entre os ativistas das liberdades civis e o setor da inteligência, Obama deve revelar mudanças modestas nas operações gigantescas de metadados manipulados pela estatal Agência de Segurança Nacional, a NSA.

Em um dos maiores vazamentos de segurança da história dos Estados Unidos, Snowden, um ex-contratado da NSA agora exilado na Rússia, divulgou por meses nos meios de comunicação denúncias sobre a espionagem americana de líderes de outros países, como Brasil e Alemanha.

As revelações enfureceram os aliados de Washington, envergonharam a Casa Branca e escandalizaram legisladores e ativistas do direito à privacidade.

O governo assegura que a informação arrecadada é usada apenas para localizar suspeitos de terrorismo e que as autoridades não ouvem ligações telefônicas pessoais.

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