Avião da Egyptair: aviões e unidades marítimas das Forças Armadas encontraram as peças na manhã de hoje (Christian Hartmann / Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2016 às 17h07.
Cairo - As Forças Armadas do Egito anunciaram nesta sexta-feira que encontraram destroços do avião da companhia EgyptAir, que caiu ontem no Mar Mediterrâneo, e objetos pessoais dos passageiros, no litoral ao norte da cidade de Alexandria.
O porta-voz militar, Mohammed Samir, informou em comunicado que aviões e unidades marítimas das Forças Armadas encontraram as peças na manhã de hoje, a cerca de 290 quilômetros de Alexandria.
O exército já iniciou os trabalhos para recuperar os destroços encontrados do Airbus A-320 da EgyptAir e os trabalhos de busca continuam na região, acrescentou o porta-voz.
A equipe egípcia - integrada por membros do Ministério de Aviação Civil, pelo Centro de Busca e Resgate das Forças Armadas, pela Marinha, e pela Força Aérea - trabalha em colaboração com Grécia, França, Reino Unido, Chipre e Itália.
Ontem, as informações sobre as operações de busca foram contraditórias, pois as autoridades gregas e egípcias chegaram a confirmar que tinham encontrado os destroços da aeronave, o que foi desmentido depois.
O diretor do Comitê de Investigação de Acidentes da Autoridade de Aviação Civil da Grécia, Azanasios Binis, afirmou ontem para a Agência Efe que os destroços encontrados a entre 200 e 230 milhas náuticas ao sul da ilha de Creta não eram do avião da Egyptair e descartou que haja sobreviventes.
A própria companhia aérea e os governos de Egito e França também descartaram a possibilidade de que haja sobreviventes na tragédia, e ofereceram suas condolências aos familiares dos passageiros.
No avião, que fazia a rota entre Paris e a cidade do Cairo, viajavam 56 passageiros, entre eles 30 cidadãos egípcios e 15 franceses, além de sete membros da tripulação e três efetivos de segurança.
Até o momento, sabe-se que o A-320 desapareceu dos radares e perdeu muita altitude quando estava entre 10 e 15 milhas dentro do espaço aéreo egípcio, efetuando dois giros bruscos enquanto descia de 37 para 15 mil pés.
As causas do acidente ainda são desconhecidas e todas as hipóteses continuam abertas. No entanto, alguns responsáveis apontaram com mais força para a possibilidade de um atentado terrorista, apesar de nenhum grupo ter reivindicado até agora a derrubada do avião.
Texto atualizado às 06h56