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Não ter banho de sangue na Crimeia foi um milagre, diz OSCE

Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa destacou que é quase um milagre não ter havido um banho de sangue na Crimeia


	Homem armado de guarda em frente a aeroporto na Criméia: "considero quase um milagre que se tenha evitado um banho de sangue", diz emissário especial da OSCE
 (Baz Ratner/Reuters)

Homem armado de guarda em frente a aeroporto na Criméia: "considero quase um milagre que se tenha evitado um banho de sangue", diz emissário especial da OSCE (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 13h57.

Viena - A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) destacou nesta quinta-feira que é "quase um milagre" que não tenha havido um banho de sangue na Crimeia, o que atribuiu à contenção ordenada pelo novo governo de Kiev.

"Considero quase um milagre que se tenha evitado um banho de sangue em todo o processo", assegurou em Viena o emissário especial da OSCE para a Ucrânia, Tim Guldimann.

O veterano diplomata suíço, que informou hoje ao plenário do Conselho Permanente da OSCE sobre sua mais recente viagem à Ucrânia, explicou que, na sua opinião, isso se deve à "forte contenção" mostrada pelas autoridades pró-União Europeia de Kiev em relação à tomada "de fato" do poder na Crimeia por parte de grupos pró-Rússia.

Guldimann disse que Kiev impôs a suas tropas a política de "não atirar" para que "não haja uma explosão de violência como reação a provocações evidentes", especialmente por parte do que chamou "pessoal militar não identificado".

O suíço, cujo governo ostenta a presidência rotativa da OSCE este ano, assinalou que essa organização constatou um "deslocamento de poder" na Crimeia rumo às autoridades de Simferopol, capital da República Autônoma da Crimeia.

Uma mudança de poder feita "mediante a intervenção de pessoal militar não identificado", destacou Guldimann, atual embaixador suíço na Alemanha.

O emissário afirmou ainda que essa tomada de poder foi justificada com o que os grupos pró-Rússia veem como uma ameaça a seus direitos à língua e à autonomia da Crimeia por parte das novas autoridades da Ucrânia.

Guldimann anunciou que na semana que vem viajará à parte oriental da Ucrânia e advertiu que é muito importante observar a situação nesta região, apesar de reconhecer que toda a atenção agora está sobre a Crimeia.

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