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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
Focada por muito tempo em seu mercado interno, a Coréia do Sul está, silenciosamente, se transformando em um investidor de destaque na Ásia, com multinacionais como a Hyundai e a Samsung concorrendo ombro a ombro com companhias americanas, japonesas e européias por mercados na China e em outras regiões próximas.
No ano passado, por exemplo, os sul-coreanos foram a nação que mais investiu na China, com 6,25 bilhões de dólares em capital fixo, segundo o jornal americano The New York Times. Atento a outras oportunidades, os empresários locais também dedicam uma atenção especial à Índia, país que receberá o maior investimento que uma companhia sul-coreana já realizou no exterior. No estado indiano de Orissa, a siderúrgica Posco irá investir 12 bilhões de dólares em na construção de uma usina de aço e na exploração de jazidas de minério de ferro.
Embora seja ultrapassada por gigantes da região, como a China e o Japão, a Coréia do Sul já é a 11ª maior economia do mundo. Reflexo de seu desenvolvimento, as indústrias de manufaturados do país buscam cada vez mais o mercado externo. Investidores americanos, há muito tempo acostumados a competir apenas com os japoneses, agora descobrem-se freqüentemente disputando clientes com companhias coreanas.
"Em algumas áreas, a Coréia tem o mesmo nível de competitividade de americanos e japoneses, como na construção naval, telefonia celular e indústria automotiva", afirma Moon Hwy Chang, professor de comércio internacional da Universidade Nacional de Seul.
Os investimentos sul-coreanos no exterior concentram-se na siderurgia, indústria automotiva, telefonia celular e energia. A maior parte dos recursos vai para a China, com a qual mais de 30 000 companhias do país já mantêm acordos comerciais. A Samsung, por exemplo, maior empresa da Coréia, emprega 50 000 pessoas em 29 fábricas na China.