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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.
Não se trata de nenhuma mudança na premiação olímpica, mas de um toque de reciclagem dado à fabricação das medalhas de ouro, prata e bronze.
Isso porque a empresa canadense Teck, fornecedora dos metais utilizados na confecção das medalhas, possui um sistema para recuperar metais provenientes de aparelhos como TVs, computadores e teclados.
Serão as primeiras medalhas da história a conter metais de circuitos de aparelhos eletrônicos usados o chamado e-waste. O processo adotado envolve a recuperação de tubos de raios catódicos, partes de computadores e circuitos por meio da fundição. Após o desmanche, as peças são separadas e aquecidas para a obtenção dos metais.
Os usados na medalhas foram processados na Bélgica e devem ser combinados a metais de outras fontes, como a mineração, para a confecção dos objetos.
No total, serão 2,05 kg de ouro, 1950 kg de prata e 903 kg de cobre utilizados (as medalhas de ouro olímpicas são compostas por 92,5% de prata, daí a diferença na quantidade dos materiais). A porcentagem de metais de lixo eletrônico nas medalhas será 1,52% nas de ouro, 0,122% nas de prata e 1,11% nas de bronze (cobre).
Apesar de a porcentagem de metais reciclados utilizada ser ainda pequena, a técnica permite a redução da quantidade de lixo destinado a aterros.
A Royal Canadian Mint, responsável pela confecção, irá produzir 615 medalhas olímpicas e 399 paraolímpicas para os Jogos de Inverno. Elas estarão entre as peças mais pesadas da história, pesando entre 500 e 576 gramas.
As suas formas foram inspiradas em ondas do oceano, neve e na paisagem montanhosa do Canadá, e foram baseadas em duas grandes obras de arte de uma orca (para as Olimpíadas) e um corvo (Paraolimpíadas), feitas pela designer canadense Corrine Hunt.
O arquiteto e designer Omer Arbel, de Vancouver, estudou os materiais para criar o padrão ondulado, em um processo de fabricação de 30 etapas.