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Marine le Pen defende veto migratório de Trump nos EUA

Para a candidata ultradireitista à presidência da Franças as reações contra essa decisão significam "má fé"

Le Pen: "a França já não tem fronteiras, devido à União Europeia", lamentou a candidata que não pode adotar as mesmas medidas (./Getty Images)
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EFE

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 19h30.

Londres - A candidata ultradireitista à presidência da França , Marine le Pen, defendeu nesta quarta-feira o veto migratório do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para os cidadãos de sete países de maioria muçulmana e afirmou que as reações contra essa decisão significam "má fé".

"É uma medida temporária. É voltada a seis ou sete países que, certamente, são responsáveis por ameaças terroristas. Acho que Donald Trump e seus serviços de inteligência queriam estabelecer critérios e condições para evitar que potenciais terroristas entrem nos Estados Unidos", disse a líder da Frente Nacional (FN) em entrevista ao canal "CNN Europe".

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A ultradireitista se recusou a responder se seria a favor de estabelecer um veto similar na França, mas afirmou que o país deve estar "muito atento" aos controles de imigração.

"A França já não tem fronteiras, devido à União Europeia", lamentou.

Le Pen disse que não se surpreendeu com a série de ordens executivas assinadas por Trump durante os primeiros dias na Casa Branca, inclusive a que prevê iniciar a construção de um muro na fronteira com o México.

"Trump tinha dito que ia fazer tudo isso. Agora, parece que o mundo se escandaliza porque ele está implementando o que tinha prometido fazer durante a campanha", comentou.

A líder da FN também se mostrou de acordo com os pontos de vista contrários ao "livre-comércio sem controle" expressado pelo presidente americano.

"Essas ideias (contra o livre-comércio) já estão sendo implementadas pelos britânicos, depois do referendo (sobre a saída do Reino Unido da União Europeia). Acho que, por causa da eleição de Donald Trump, as pessoas estão querendo dar fim a esta globalização selvagem e anárquica, e que nos movimentemos em direção a um maior patriotismo, rumo à preservação da cultura e dos empregos locais", afirmou.

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