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Livre comércio no Pacífico ganha força com adesão de Canadá e México

O projeto possui até o momento nove países membros e seus contornos estão sendo desenhados

Projeto TPP ganhou força na reunião do fim de semana da Apec no Havaí
 (Kevork Djansezian/Getty Images/AFP)

Projeto TPP ganhou força na reunião do fim de semana da Apec no Havaí (Kevork Djansezian/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 07h08.

Honolulu - Canadá e México anunciaram neste domingo durante a cúpula da Apec que querem participar da maior área de livre comércio do planeta, o Tratado de Livre Comércio Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), um projeto que os negociadores querem concluir no próximo ano.

O TPP possui até o momento nove países membros e seus contornos estão sendo desenhados, como anunciou no sábado o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao receber os líderes do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) para seu encontro anual, que se encerra hoje.

"Os Estados Unidos felicitam o interesse de Canadá e México" em unirem-se às negociações, disse o gabinete do representante comercial americano, Ron Kirk em um comunicado, pouco depois de o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, ter anunciado essa decisão aos jornalistas.

O Japão, a terceira economia mundial, já havia manifestado na sexta-feira sua intenção de se unir ao grupo.

"Decidimos anunciar formalmente o nosso desejo de participar", disse o primeiro-ministro canadense Stephen Harper aos jornalistas à margem dos encontros do Fórum.


Os países em desenvolvimento, muitos dos quais estão localizados ao longo do Pacífico, têm sido os motores do crescimento global nos últimos dois anos.

Os Estados Unidos têm liderado as negociações do TPP nos últimos anos e Obama quer reafirmar o papel do país na cúpula, cujo evento deste ano foi realizado em seu estado natal.

Os líderes da Apec já concordaram com as declarações finais, que serão divulgadas no final do dia.

Obama convidou os líderes a se reunirem a portas fechadas para discutir "questões substanciais" do cenário internacional.

A crise da dívida na Eurozona tem dominado as conversas, disseram fontes oficiais dos EUA.

Os líderes do grupo, incluindo o presidente chinês, Hu Jintao, não escondem sua preocupação com a turbulência financeira e política na Europa e as suas implicações globais.

Obama, com índices de popularidade muito baixo e candidato à reeleição no próximo ano, vê com apreensão os efeitos da crise europeia na recuperação de seu país.

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