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Kiev e separatistas retomarão negociações de paz em Minsk

Grupo de Contato, que inclui Ucrânia, Rússia e a OSCE, informou hoje à Chancelaria bielorrussa sobre a intenção de realizar uma nova rodada de negociações

Ucrânia: tanto Kiev como Rússia e separatistas se acusam de violar o cessar-fogo (REUTERS/Vasily Fedosenko)
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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 15h31.

Moscou - A Ucrânia e os separatistas pró- Rússia retomarão na sexta-feira as negociações de paz em Minsk, anunciou o Ministério das Relações Exteriores de Bielorrúsia.

O Grupo de Contato, que inclui Ucrânia, Rússia e a OSCE, informou hoje à Chancelaria bielorrussa sobre a intenção de realizar uma nova rodada de negociações para conter a atual escalada do conflito no leste da Ucrânia.

Este anúncio ocorre depois que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, se reuniu com o embaixador russo, Mikhail Zurabov, e com a representante da OSCE, Heidi Tagliavini, que participarão como mediadores em dita reunião.

Poroshenko assegurou que o resultado da reunião deve ser o imediato cessar-fogo e a retirada do armamento pesado da linha de separação fixada em 19 de setembro, quando foi assinado o Memorando de Paz de Minsk.

Além disso, devem ser estabelecidos prazos para a retirada das forças de ambos grupos de dita linha da frente e o restabelecimento do controle ucraniano sobre os setores da fronteira russa-ucraniana nas regiões de Donetsk e Lugansk.

Kiev também advoga por desbloquear o acesso da ajuda humanitária à população da zona de conflito e retomar a troca de prisioneiros de guerra.

Os separatistas das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk confirmaram que estarão presentes.

Os separatistas de Donetsk consideraram ontem "mortos" os acordos de paz de Minsk, embora se mostraram dispostos a continuar com as negociações, mas "em outro formato".

Os líderes rebeldes mantêm que as negociações não prosperarão até que Kiev nome um representante plenipotenciário que substitua o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, que participou das anteriores rodadas negociadoras.

Tanto a Rússia como os separatistas acusam Kiev de violar o cessar-fogo ao retomar os ataques com fogo de artilharia e de aproveitar a trégua exclusivamente para reagrupar forças e mobilizar novos recrutas.

Enquanto isso, Kiev acusa os rebeldes de violar flagrantemente os acordos de Minsk, que obrigavam ambos os grupos a manter suas posições e criar uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros de largura, da qual deviam retirar seu armamento pesado.

Após o reatamento dos combates na segunda semana de janeiro, as milícias de Donetsk arrebataram o aeroporto das forças governamentais e lançaram na semana passada uma ofensiva geral para unificar a frente com a vizinha Lugansk.

As milícias rebeldes asseguram que estreitaram o cerco em torno dos 10 mil soldados ucranianos desdobrados na cidade de Debaltsevo, estratégico de comunicações entre Donetsk e Lugansk, principais praças fortes pró-russas.

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Moscou - A Ucrânia e os separatistas pró- Rússia retomarão na sexta-feira as negociações de paz em Minsk, anunciou o Ministério das Relações Exteriores de Bielorrúsia.

O Grupo de Contato, que inclui Ucrânia, Rússia e a OSCE, informou hoje à Chancelaria bielorrussa sobre a intenção de realizar uma nova rodada de negociações para conter a atual escalada do conflito no leste da Ucrânia.

Este anúncio ocorre depois que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, se reuniu com o embaixador russo, Mikhail Zurabov, e com a representante da OSCE, Heidi Tagliavini, que participarão como mediadores em dita reunião.

Poroshenko assegurou que o resultado da reunião deve ser o imediato cessar-fogo e a retirada do armamento pesado da linha de separação fixada em 19 de setembro, quando foi assinado o Memorando de Paz de Minsk.

Além disso, devem ser estabelecidos prazos para a retirada das forças de ambos grupos de dita linha da frente e o restabelecimento do controle ucraniano sobre os setores da fronteira russa-ucraniana nas regiões de Donetsk e Lugansk.

Kiev também advoga por desbloquear o acesso da ajuda humanitária à população da zona de conflito e retomar a troca de prisioneiros de guerra.

Os separatistas das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk confirmaram que estarão presentes.

Os separatistas de Donetsk consideraram ontem "mortos" os acordos de paz de Minsk, embora se mostraram dispostos a continuar com as negociações, mas "em outro formato".

Os líderes rebeldes mantêm que as negociações não prosperarão até que Kiev nome um representante plenipotenciário que substitua o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, que participou das anteriores rodadas negociadoras.

Tanto a Rússia como os separatistas acusam Kiev de violar o cessar-fogo ao retomar os ataques com fogo de artilharia e de aproveitar a trégua exclusivamente para reagrupar forças e mobilizar novos recrutas.

Enquanto isso, Kiev acusa os rebeldes de violar flagrantemente os acordos de Minsk, que obrigavam ambos os grupos a manter suas posições e criar uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros de largura, da qual deviam retirar seu armamento pesado.

Após o reatamento dos combates na segunda semana de janeiro, as milícias de Donetsk arrebataram o aeroporto das forças governamentais e lançaram na semana passada uma ofensiva geral para unificar a frente com a vizinha Lugansk.

As milícias rebeldes asseguram que estreitaram o cerco em torno dos 10 mil soldados ucranianos desdobrados na cidade de Debaltsevo, estratégico de comunicações entre Donetsk e Lugansk, principais praças fortes pró-russas.

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