Mundo

Jovens fugiram a nado de tiroteio em ilha da Noruega

Polícia suspeita que mesmo homem seja responsável pelos dois ataques

De acordo com as informações, o primeiro-ministro Jens Stoltenberg, conseguiu escapar (Paul Hackett/AFP)

De acordo com as informações, o primeiro-ministro Jens Stoltenberg, conseguiu escapar (Paul Hackett/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 22h56.

São Paulo - Aterrorizados com um homem que atirava indiscriminadamente, os jovens participantes do comício do Partido Trabalhista norueguês se atiraram no mar nesta sexta-feira para fugir do tiroteio a nado, informou o jornal The New York Times. “As crianças começaram a nadar em pânico, e Utoya é longe da costa”, disse ao diário Bjorn Jarle Roberg-Larsen, membro do partido. No momento, a polícia realiza buscas nas águas próximas à ilha em busca de corpos.

Nesta sexta-feira, a Noruega foi alvo de dois atentados terroristas, um na capital, Oslo, e outro na ilha de Utoya, no oeste da cidade. Em um primeiro momento, um carro-bomba explodiu no centro da capital, danificando o complexo de prédios do governo, provocando sete mortes. Logo depois, um homem loiro de 1,90 metro matou a tiros dez pessoas em Utoya. Bombas não detonadas teriam sido encontradas na ilha. O número de feridos nos dois atentados chega a noventa, de acordo com a rede americana CNN.Está confirmada a informação de que as duas ações estão interligadas.

Atirador - Também de acordo com a CNN, o atirador é um norueguês de 32 anos que usava um colete azul com uma insígnia da polícia local – contrariando a informação anteriormente divulgada de que ele usava um uniforme policial. O homem, que afirmou jamais ter trabalhado como policial, teria entrado no acampamento com a justificativa de fazer uma verificação de rotina ligada à explosão em Oslo, segundo a imprensa local.

As autoridades norueguesas suspeitam que este mesmo homem foi o responsável pelos dois ataque- ele teria viajado de Oslo para a ilha logo depois da explosão. O suspeito está sob custódia da polícia, informou a CNN. Já foi confirmado que ambos os atentados estão interligados.


Responsável - A autoria dos atos terroristas ainda não foi identificada. Inicialmente, o grupo jihadista Ansar al-Jihad al-Aleimi havia reivindicado a autoria dos ataques em um fórum árabe na internet. O responsável pelo comunicado, no entanto, enviou uma retratação logo em seguida. A polícia norueguesa suspeita que a ação terrorista não tem origem estrangeira e, sim, de "movimentos locais antigoverno", informou nesta sexta-feira o jornal britânico The Guardian.

Um membro da polícia disse à agência de notícias Associated Press que os incidentes desta sexta-feira na Noruega aparentemente não têm ligação ao terrorismo islâmico. Para esta fonte, os atentados estão mais para “Oklahoma City” do que para “World Trade Center”.

O primeiro exemplo, em 2005, está relacionada à política interna americana. Na ocasião, um ativista da extrema direita contrário ao governo americano, Timothy McVeigh, detonou explosivos em um edifício oficial da cidade de Oklahoma, matando 168 pessoas e ferindo quase 700.

O episódio do World Trade Center colocou o terrorismo islâmico como a principal ameaça de segurança enfrentada pelos americanos. Em 11 de setembro de 2001, a Al-Qaeda atirou dois aviões contra as Torres Gêmeas em Nova York, promovendo o pior atentado da história, quando morreram mais de 3.000 pessoas.

Premiê - Em resposta aos eventos desta sexta, o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, condenou com veemência os atentados terroristas, descrevendo-os como “sangrentos e covardes”. Afirmou ainda que a Noruega foi “sacudida pelo mal” e reagirá a

Acompanhe tudo sobre:EuropaNoruegaPaíses ricosPolíticaTerrorismo

Mais de Mundo

Trump critica democratas durante encontro com Netanyahu na Flórida

Milei diz que a Argentina apoia o povo venezuelano em sua 'luta pela liberdade'

Venezuela fecha fronteiras terrestres e barra entrada de avião com ex-presidentes do Panamá e México

Por que Kamala Harris é 'brat' — e como memes podem atrair o voto dos jovens e da geração Z

Mais na Exame