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Fusões e aquisições fecham 2006 com novo recorde

Desempenho superou a marca anterior, de 2000, quando o mercado foi impulsionado pela bolha de tecnologia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

As operações de fusões e aquisições vão fechar 2006 com um novo recorde mundial - 3,9 trilhões de dólares - estimuladas por diversas ofertas hostis de compra, maior competitividade em vários setores e expansão econômica, de acordo com o jornal britânico Financial Times. O valor é 16% superior ao recorde anterior, de 2000, quando a expansão das empresas "pontocom" estimulou várias transações.

O maior destaque deste ano foi a avalanche de ofertas hostis de compra. De acordo com levantamento da consultoria Dealogic, foram lançadas 355 propostas não-solicitadas de aquisição de controle ou fusão, muito mais que as 94 registradas em 2005. O volume também supera as 272 ofertas verificadas em 1999 - o recorde anterior. Entre as principais operações, estão a compra da Endesa pela Eon por 66,1 bilhões de dólares, a venda da Arcelor para a Mittal Steel por 39,5 bilhões.

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"As atividades hostis continuam aquecidas. As empresas desejam realizar movimentos estratégicos, e não vão se deter diante de alvos relutantes", afirma Gavin MacDonald, chefe da área de Fusões e Aquisições da Morgan Stanley na Europa.

O recorde também foi impulsionado pelo apetite dos fundos de private equity por novos investimentos. As aquisições de controle realizadas por esses grupos bateram também recorde e somaram 709,8 bilhões de dólares, mais que o dobro de 2005.

Os bancos de investimento também não têm do que reclamar. As comissões e taxas pela intermediação de grandes negócios atingiram 18,8 bilhões de dólares, ante 17,2 bilhões no ano passado. O desempenho se traduzirá em bônus milionários para alguns profissionais. Estima-se que os líderes de algumas das principais equipes de fusões e aquisições da Europa receberão prêmios de aproximadamente 10 milhões de dólares.

Os bancos também continuam otimistas com o próximo ano. "Haverá uma expansão do nível de atividade de fusões e aquisições em 2007", diz Doug Braunsteinr, chefe da área de investimentos para a América do JP Morgan.

As empresas compradoras buscaram, sobretudo, alvos fora de seus países de origem. As transações internacionais representaram 1,250 trilhão de dólares, também um novo recorde, diante da antiga marca, 1,150 trilhão, obtida em 2000. Os mercados emergentes captaram 619,5 bilhões de dólares com esse tipo de contrato.

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