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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
A Comissão Européia, órgão executivo da União Européia, propôs aos seus países-membros a adoção de limites para a importação de artigos têxteis da China. Se a medida for aprovada, o bloco econômico estabelecerá cotas que permitirão um aumento entre 10% e 100% das importações, em relação a 2004, de acordo com o tipo de produto.
A medida, porém, só deve ser adotada após a divulgação dos dados de importações referentes ao primeiro trimestre. Com isso, a expectativa é que as cotas só sejam impostas no final de abril ou em maio, contrariando a pressão dos fabricantes europeus, que desejam uma ação imediata. "A Europa deve agir com responsabilidade em relação aos países com economias mais fracas e vulneráveis, que dependem do setor têxtil", afirmou o comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, ao americano The Wall Street Journal.
Os primeiros dados sugerem que a China elevou as exportações para a Europa, após o fim do Acordo Têxtil e de Vestuário, que vigorou até o último dia de 2004. Durante 40 anos, o acordo regulou o comércio mundial do setor, por meio da imposição de cotas de exportação para os países produtores (se você é assinante, leia também artigo de Lester Thurow, professor do MIT, sobre as implicações da globalização para as economias nacionais, publicado por EXAME).
A China responde por cerca de 20% das exportações do setor. Com o fim do acordo, a Organização Mundial do Comércio estima que os chineses podem dominar metade do comércio mundial de roupas até 2007.