Mundo

EUA suspendem bilionária assistência militar ao Egito

O anúncio foi feito na tarde de hoje pelo Departamento de Estado dos EUA


	Área militar no Egito: desde 1979, no entanto, os EUA enviam em média US$ 1,5 bilhão por ano ao Egito. Desse total, US$ 1,3 bilhão é dedicado a ajuda militar
 (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Área militar no Egito: desde 1979, no entanto, os EUA enviam em média US$ 1,5 bilhão por ano ao Egito. Desse total, US$ 1,3 bilhão é dedicado a ajuda militar (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 18h06.

O governo dos Estados Unidos suspendeu formalmente nesta quarta-feira a maior parte da bilionária assistência militar ao Egito em resposta ao golpe militar que derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito da história do país árabe. O anúncio foi feito na tarde de hoje pelo Departamento de Estado dos EUA.

A chancelaria norte-americana não entrou em detalhes sobre os números. Desde 1979, no entanto, os EUA enviam em média US$ 1,5 bilhão por ano ao Egito. Desse total, US$ 1,3 bilhão é dedicado a ajuda militar.

A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, disse que Washington suspenderá a entrega de "sistemas militares" e da ajuda em dinheiro até que seja observado algum "progresso confiável" na direção de eleições livres e justas no Egito.

Psaki especificou apenas que será mantido o fluxo de dinheiro dedicado a investimentos em saúde e educação, assim como ajuda para que o Egito controle suas fronteira, combata o "terrorismo" e garanta a segurança no Sinai.

Os EUA analisavam a possibilidade de suspender a ajuda desde o golpe militar de 3 de julho, que culminou na deposição do presidente Mohammed Morsi e deu início a uma brutal campanha de repressão à Irmandade Muçulmana, grupo ao qual o líder deposto é ligado.

Os principais assessores de segurança nacional do presidente Barack Obama recomendam o corte desde o fim de agosto, mas os recentes desdobramentos da guerra civil Síria desviaram o foco do governo norte-americano.

Hoje, a justiça egípcia marcou para 4 de novembro o início do julgamento de Morsi. Ele é mantido incomunicável em um local não revelado desde o golpe militar.

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDiplomaciaEgitoEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país