Manzanillo: nos dias 16 e 17 de janeiro, seis pessoas foram assassinadas a tiros em Manzanillo em três incidentes diferentes (Quiltsalad/Wikimedia Commons)
AFP
Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 10h55.
Com doze assassinatos em dois dias aparentemente atribuídos a um cartel, Manzanillo, no oeste do México, se converteu no terceiro balneário turístico do país a ser vítima nesta semana de ataques do crime organizado, após os tiroteios mortíferos de Cancún e Playa del Carmen.
Na madrugada de sábado, sete cadáveres foram encontrados em um táxi abandonado na estrada que liga Manzanillo - um polo turístico do estado de Colina que atrai muitos americanos - a Cihuatlán, em Jalisco, informou o Ministério Público de Colima.
"Estão mutilados, aparentemente decapitados, e entre eles há uma (vítima) feminina", disse à AFP Carlos Heredia, comandante da polícia municipal de Manzanillo, ao explicar que nos vidros do veículo havia uma mensagem assinada pelo poderoso cartel Jalisco Nueva Generación.
E no domingo outros cinco cadáveres foram encontrados entre arbustos de um terreno na estrada Manzanillo-Minatitlán, confirmou o Ministério Público.
Os corpos estavam amontoados e seminus, disse à AFP um comandante da polícia municipal que se dirigiu ao lugar dos fatos e que se negou a revelar seu nome por não estar autorizado a dar declarações à imprensa.
As autoridades realizam as análises científicas para identificar os corpos.
De acordo com registros da polícia de Manzanillo, nos últimos seis meses os assassinatos como parte de disputas internas no Jalisco Nueva Generación aumentaram sensivelmente.
Nos dias 16 e 17 de janeiro, seis pessoas foram assassinadas a tiros em Manzanillo em três incidentes diferentes que, segundo as autoridades, podem estar relacionados ao crime organizado.
E no dia 2 de janeiro, na estrada que leva ao porto de Tecomán - vizinho de Manzanillo -, as autoridades encontraram um corpo mutilado em sacos plásticos fora de uma fazenda.