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Confrontos em greve na China ferem dezenas de operários

Foram cerca de 50 empregados feridos durante tensões com guardas em uma fábrica de borracha na capital de Taiwan

Confusão nas portas da fábrica da KOK, em Taiwan: manifestantes publicaram uma lista de reivindicações na internet (.)

Confusão nas portas da fábrica da KOK, em Taiwan: manifestantes publicaram uma lista de reivindicações na internet (.)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2010 às 15h26.

Pequim - Dezenas de pessoas ficaram feridas durante os confrontos de segunda-feira numa fábrica na capital de Taiwan, Taipé, quando dois mil funcionários entraram em greve, para exigir melhores salários e condições de trabalho.

Cerca de 50 empregados da KOK, especializada em peças de borracha para carros, ficaram feridos, cinco gravemente, durante os confrontos com os guardas de segurança que tentavam impedir que eles se manifestassem em Kunshan, informou nesta quarta-feira o jornal China Daily.

"A polícia agrediu sem fazer distinção (...), pouco importava se era homem ou mulher", declarou uma trabalhadora ao South China Morning Post de Hong Kong. Ainda de acordo com o jornal, cerca de 30 pessoas foram presas.

Uma lista com 13 revindicações dos operários da KOK foi publicada em um site na internet. Entre elas, em particular, estavam as reclamações quanto as elevadas temperaturas nos locais de trabalho e quanto ao baixo salário.

Os funcionários pediam, além da criação de um novo sistema de aumento salarial, uma compensação financeira pelos anos anteriores e ajuda para moradias.

O South China Morning Post mostrou provas de que as temperaturas chegavam a 50 graus dentro das oficinas e os odores "insuportáveis" de borracha tomavam conta do ambiente.

Um porta-voz da KOK Machinery limitou-se a dizer à AFP que o trabalho foi retomado normalmente. As autoridades locais não quiseram fazer comentários a respeito, confirmando apenas que as atividades estavam regularizadas nas fábricas.

As condições de trabalho dos operários na China e suas remunerações foram objetos de debates nessas últimas semanas após os suicídios de onze trabalhadores nas fábricas da Foxconn, fabricante de componentes tecnológicos para grandes marcas como a Apple, Dell, Sony e Hewlett-Packard.

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