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Chefe do Pentágono promete apoio dos EUA à Ucrânia por muito tempo

O governo dos Estados Unidos concedeu mais 40 bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022

O prédio do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Staff/AFP/AFP)

O prédio do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Staff/AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 20 de novembro de 2023 às 13h16.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, prometeu nesta segunda-feira (20) em Kiev ao presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, que seu apoio ao país em guerra vai durar "muito tempo".

O governo dos Estados Unidos concedeu mais 40 bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022, mas parte da oposição republicana questiona a continuidade da assistência.

Austin visitou nesta segunda-feira a embaixada dos Estados Unidos em Kiev e se reuniu com diplomatas e funcionários do Departamento de Defesa.

Depois, ele se reuniu com o presidente ucraniano.

"A mensagem que trago hoje, senhor presidente, é que os Estados Unidos estão a seu lado e permanecerão ao seu lado durante muito tempo", disse Austin. "O que acontece aqui na Ucrânia não é importante apenas para a Ucrânia, e sim para o resto do mundo", acrescentou.

A viagem a Kiev - de trem a partir da Polônia - é a segunda do chefe do Pentágono desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia.

Washington é, por ampla margem, o maior doador de ajuda militar a Kiev. Uma redução na ajuda americana seria um duro golpe para a Ucrânia, que se prepara o segundo inverno em guerra.

Zelensky disse que a visita de Austin é "um sinal importante para a Ucrânia" e agradeceu ao Congresso e ao povo americano pelo apoio. "Contamos com seu apoio", insistiu durante a reunião.

Austin e o secretário de Estado, Antony Blinken, pediram aos congressistas americanos, durante uma audiência em outubro, a manutenção do apoio a Kiev. O chefe da Defesa americana declarou que "sem a nossa ajuda, (o presidente russo Vladimir) Putin triunfará".

Mas alguns congressistas republicanos não querem a continuidade da ajuda

Embora a ajuda americana não tenha sido interrompida, a subsecretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, disse este mês que os pacotes "foram reduzidos" porque os Estados Unidos precisaram dosar o apoio à Ucrânia.

Além da oposição interna nos Estados Unidos, o conflito entre Israel e Hamas e o aumento dos ataques contra as forças americanas no Oriente Médio desviaram a atenção internacional da Ucrânia.

Washington insiste, no entanto, que pode fornecer ajuda aos dois países.

"Sobre a questão se existe uma disputa ou uma compensação entre o apoio dos Estados Unidos à defesa da Ucrânia de seu país e à defesa de Israel de seu povo, não existe", disse um  funcionário de alto escalão da Defesa americana.

Washington liderou o esforço para reunir apoio internacional à Ucrânia e rapidamente estabeleceu uma coalizão para apoiar Kiev após a ofensiva russa.

A visita de Austin acontece depois que Kiev ter anunciado que provocou um recuo de vários quilômetros das tropas russas na margem do rio Dnieper, no que seria o primeiro avanço significativo das forças de Kiev, após meses de uma contraofensiva decepcionante.

As forças ucranianas e russas estão entrincheiradas em lados opostos deste rio na região de Kherson (sul) há mais de um ano, desde que Rússia retirou suas tropas da margem oeste.

As autoridades ucranianas anunciaram nesta segunda-feira que pelo menos duas pessoas morreram em bombardeios russos contra um estacionamento em Kherson.

Em Nikopol (sudeste), disparos de artilharia mataram uma mulher de 83 anos e feriram um homem de 53.

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