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Brics anuncia a entrada de seis novos países; veja os novos membros do bloco

A adesão foi oficializada na Declaração de Joanesburgo, documento acordado entre todos os atuais integrantes dos BRICS

BRICS: Bloco econômico é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ganhará novos membros (Gianluigi Guercia/Getty Images)

BRICS: Bloco econômico é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ganhará novos membros (Gianluigi Guercia/Getty Images)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 24 de agosto de 2023 às 07h16.

Última atualização em 24 de agosto de 2023 às 08h03.

Os líderes do BRICS – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o presidente da China, Xi Jinping, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi e o presidente da Rússia, Vladimir Putin (de forma virtual) – anunciaram nesta quinta-feira, 24, a entrada de seis novos países no grupo.

A partir de janeiro de 2024,Arábia Saudita, Argentina, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos passarão a fazer parte do bloco de nações emergentes. É a primeira expansão desde 2011, quando ocorreu a entrada da África do Sul. A Indonésia, que também era cotada para entrar no bloco, ficou de fora. Quase 40 países solicitaram a adesão ou demonstraram interesse de entrar para o bloco criado em 2009, que representa quase 25% do PIB e 42% da população mundial.

A China era a grande interessada na ampliação dos BRICS. A maior economia do grupo, que representa quase 70% do PIB do bloco, deseja ter prestígio diplomático e promover aproximação política e econômica, seja na Ásia ou em outros continentes.

Brasil, África do Sul e Índia eram contrários ao aumento do bloco. O acordo saiu após os chineses concordarem com a reforma do Conselho de Segurança da ONU. Os três países são candidatos a uma vaga permanente no organismo, enquanto chineses e russos já têm esse status.

Com isso, o BRICS terá cerca de 46% da população mundial e quase 36% do PIB global em paridade de compra. A adesão foi oficializada na Declaração de Joanesburgo, documento acordado entre todos os atuais integrantes do BRICS.

“Neste mundo em transição, o BRICS nos oferece uma fonte de soluções criativas para os desafios que enfrentamos. A relevância do BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram de adesão ao agrupamento. Entre os vários resultados da cúpula de hoje, ressalto a ampliação do BRICS, com a inclusão de novos membros”, disse Lula em seu discurso.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, celebrou a decisão e afirmou que a entrada no bloco representa uma "momento forte" para o país africano.

Um conselheiro do presidente iraniano Ibrahim Raissi, Mohammad Jamshidi, destacou que a adesão do Irã é um "sucesso estratégico para a política externa da República Islâmica".

A 15ª Cúpula de chefes de Estado do BRICS se encerra nesta quinta-feira, após duas sessões ampliadas com participação dos países-membro e mais nações convidadas. Após o fim da conferência, Lula viaja para Angola, onde fará uma visita de Estado, e depois para São Tomé e Príncipe, para participar da conferência de chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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