Mundo

Boric anuncia expulsão de imigrantes irregulares no Chile

Presidente do país também ordenou às autoridades policiais que detenham os estrangeiros ilegais no prazo de cinco dias

Gabriel Boric, presidente do Chile (Sebastián Vivallo Oñate / Agencia Makro/Getty Images)

Gabriel Boric, presidente do Chile (Sebastián Vivallo Oñate / Agencia Makro/Getty Images)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 16h29.

O Chile expulsará imigrantes irregulares que não forneceram seus dados a um plano de registro biométrico voluntário, anunciou na quinta-feira, 30, o presidente Gabriel Boric, ao endurecer seu discurso contra a migração irregular.

"Aqueles que estão irregulares no Chile, vamos expulsá-los", disse Boric, durante uma cerimônia que apresentou um plano para reforçar as tarefas das forças policiais no controle territorial, desenvolvido perante ao aumento nos índices de criminalidade e aos registros inéditos sobre a percepção de insegurança pública entre a população.

O líder esquerdista ordenou às autoridades policiais que detenham e expulsem, no prazo de cinco dias, os imigrantes irregulares que tenham mandado de detenção pendente.

"Em relação aos estrangeiros que estejam em situação irregular e não tenham concluído o registro voluntário, embora não tenham um mandado de detenção contra eles, será emitida uma ordem de expulsão", especificou Boric.

Este ano, o governo promoveu um plano de registro biométrico para estrangeiros irregulares. O processo, que já foi concluído, conseguiu armazenar os dados de 127.000 pessoas.

A iniciativa focou em corrigir o déficit de informação sobre a identidade dos estrangeiros que entraram irregularmente no Chile nos últimos cinco anos, a grande maioria vindos da Venezuela.

No Chile, o aumento da imigração irregular prevalece em debate, após uma série de casos policiais com estrangeiros envolvidos ganharem uma grande repercussão - como o ataque com uma granada contra um agente da polícia, em 19 de Novembro.

A oposição da direita ameaçou iniciar um julgamento político contra a ministra do Interior e Segurança, Carolina Tohá, caso não seja concluída a expulsão de 12 mil migrantes irregulares antes do final do ano.

O território chileno registra desde 2017 um aumento exponencial na chegada de migrantes provenientes da Venezuela, milhares dos quais cruzaram a fronteira através da Bolívia ou do Peru através de passagens clandestinas.

Segundo estimativas oficiais, dos 1,7 milhão de estrangeiros que chegaram ao Chile nos últimos anos - quase metade são venezuelanos.

O projeto da nova Constituição, que os chilenos deverão votar em plebiscito no dia 17 de dezembro, contém um artigo que exige a expulsão de migrantes irregulares no menor tempo possível.

Acompanhe tudo sobre:Gabriel BoricChileImigração

Mais de Mundo

Venezuela restabelece eletricidade após apagão de 12 horas

Eleições nos EUA: o que dizem eleitores da Carolina do Norte

Japão registra 40 mil pessoas mortas sozinhas em casa — 10% delas descobertas um mês após a morte

Zelensky destitui chefe da Força Aérea ucraniana após queda de caça F-16

Mais na Exame