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Bombeiros impedem fuga de universitários de Hong Kong pelo esgoto

A polícia disse que seis pessoas foram presas nesta quarta-feira, quatro delas retirando a tampa de um bueiro diante do campus

Hong Kong: China vêm acusando países estrangeiros de atiçarem os tumultos (Thomas Peter/Reuters)
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Reuters

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 10h36.

Hong Kong - Alguns manifestantes antigoverno retidos dentro de uma universidade de Hong Kong tentaram fugir nesta quarta-feira pelo esgoto, onde uma estudante disse ter visto cobras, mas bombeiros impediram novas tentativas de fuga bloqueando um bueiro de metal que dá acesso ao sistema.

Testemunhas da Reuters disseram que menos de 100 manifestantes permanecem na Universidade Politécnica, cercada 24 horas por dia por barricadas e pelo batalhão de choque, depois que mais de mil foram presos na noite de segunda-feira.

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Alguns se renderam, e outros foram detidos durante tentativas de fuga que incluíram tentar deslizar por cordas para alcançar motos que os esperavam.

Alguns manifestantes que usavam botas impermeáveis e portavam tochas reapareceram no campus depois de se arriscarem pelo esgoto em busca de uma saída durante a noite - sem sucesso.

A polícia disse que seis pessoas foram presas nesta quarta-feira, quatro delas retirando a tampa de um bueiro diante do campus e duas se esgueirando para fora.

Bombeiros que os estudantes deixaram entrar no campus se posicionaram para deter qualquer nova iniciativa de fuga, bloqueando a única entrada possível para o sistema de esgoto em um estacionamento subterrâneo do campus.

"O esgoto era muito fedido, com muitas baratas, muitas cobras. Cada passo era muito, muito sofrido", disse Bowie, aluna de 21 anos da Universidade de Hong Kong que foi obrigada a recuar.

A polícia procurou fugitivos durante a noite com holofotes, sem recorrer ao gás lacrimogêneo e às balas de borracha que marcaram os confrontos dos últimos dias.

Segundo a corporação, quase 800 pessoas deixaram o campus pacificamente até a noite de terça-feira e serão investigadas, inclusive as quase 300 de menos de 18 anos de idade.

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, pediu um fim pacífico a um cerco que testemunhou alguns dos enfrentamentos mais violentos desde que os protestos se intensificaram mais de cinco meses atrás.

Líderes chineses se dizem comprometidos com a fórmula "um país, dois sistemas", que concede certa autonomia a Hong Kong, e vêm acusando países estrangeiros, que incluem Estados Unidos e Reino Unido, de atiçarem os tumultos.

O secretário das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, repudiou o tratamento dado pela China a Simon Cheng, ex-funcionário do consulado do Reino Unido em Hong Kong que disse que a polícia secreta o espancou para obter informações sobre o movimento de protesto.

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