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Arábia Saudita faz novo corte em sua produção de petróleo

Membros da Opep buscam frear a tendência de queda no preço do produto, verificada desde o segundo semestre de 2006

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

A Arábia Saudita decidiu reduzir mais uma vez a sua produção de petróleo para barrar a queda dos preços do produto no mundo. Na semana anterior, outro corte já tinha sido anunciado. A partir do início de fevereiro, o reino irá cortar 158.000 barris por dia.

As reduções fazem parte de uma campanha maior da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para diminuir os estoques, com objetivo de (só pra não repetir o "para") aumentar a demanda e o preço. "Depois desses cortes, nossa produção cairá cerca de um milhão de barris por dia em relação ao primeiro semestre de 2006", disse um oficial do governo saudita.

Como o maior exportador de petróleo do mundo, o país é tido como líder da Opep e o único capaz de influenciar as decisões do restante do grupo, de acordo com o americano The Wall Street Journal. Os 10 membros da organização que concordaram em reduzir a oferta estavam produzindo cerca de 27,5 milhões de barris por dia em setembro. Com o plano de cortes colocado em ação, o grupo deve produzir cerca de 25,8 milhões de barris por dia, num mercado global de cerca de 85 milhões de barris por dia.

O governo saudita anuncia também que novos cortes devem ser feitos no futuro. O ministro do petróleo do país, Ali Naimi, no entanto, não quis determinar o preço alvo do barril de óleo cru. Analistas acreditam que o ministro busca um valor bem acima de 50 dólares. A Arábia Saudita aumentou sua produção quase ao máximo em 2005, quando os preços aumentaram com a grande procura, pouca oferta e os estragos causados por furacões na extração do Golfo do México.

No último mês de julho, o preço do barril chegou a 77 dólares. Desde então, o produto tem sido continuamente desvalorizado. Os membros da Opep têm tido dificuldade de chegar a um acordo quanto ao corte da produção, o que deixa o mercado apreensivo. Em janeiro, os preços giraram em torno de 50 dólares o barril.

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