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290 locais de patrimônio cultural são danificados por guerra

Imagens indicam que 290 locais de patrimônio cultural, cuja história vem desde o início da civilização, foram danificados pela atual guerra civil na Síria

Guerra civil na Síria: patrimônio cultural da Síria atravessa os grandes impérios do Oriente Médio (Alaa Khweled/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 09h35.

Beirute - Imagens de satélite indicam que 290 locais de patrimônio cultural, cuja história vem desde o início da civilização, foram danificados pela atual guerra civil na Síria , disse o Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa (Unitar, na sigla em inglês) nesta terça-feira.

O patrimônio cultural da Síria atravessa os grandes impérios do Oriente Médio. Locais e construções pelos país, como a mesquita Umayyad, de Aleppo, têm sido saqueados, danificados ou destruídos nos três anos de conflito.

Usando imagens de satélite disponíveis comercialmente, o Unitar encontrou 24 locais completamente destruídos, 189 danificados de forma severa ou moderada, e outros 77 que foram possivelmente danificados.

Essa é uma “evidência alarmante do processo de destruição que está ocorrendo com o vasto patrimônio cultural sírio”, disse o Unitar em relatório.

"Os esforços nacionais e internacionais para proteger as áreas precisam ser intensificados para salvar para a humanidade a maior quantidade possível desse importante patrimônio.” Os confrontos entre as forças do presidente Bashar al-Assad e os rebeldes têm danificado locais e construções históricas pela Síria. Tumbas na cidade de Palmyra, no deserto, correm risco de saques, e templos romanos têm sido atingidos.

O relatório mostra danos que incluem locais considerados pela Unesco patrimônio mundial, a maior parte deles na cidade de Aleppo, no norte. Os dois lados do conflito têm usado fortalezas antigas como bases militares. O Exército colocou atiradores na Cidadela de Aleppo, um dos maiores e mais antigos castelos do mundo.

Forças insurgentes controlaram o Crac des Chevaliers, castelo de 900 anos. O Exército retomou o local em março, depois de meses de bombardeio.

As imagens de satélite também mostram que locais em Raqqa e na cidade milenar de Palmyra também foram bastante danificados. A cidade de Bosra e assentamentos abandonados do período bizantino foram atingidos.

Insurgentes sunitas radicais destruíram locais que eles consideravam heréticos.

Maamoun Abdulkarim, responsável pelo museus na Síria, disse à Reuters no ano passado que dezenas de milhares de artefatos de até dez mil anos de história haviam sito removidos para depósitos para não serem saqueados.

Segundo a ONU, mais de 200 mil pessoas foram mortas no conflito civil da Síria, que teve início em março de 2011.

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O patrimônio cultural da Síria atravessa os grandes impérios do Oriente Médio. Locais e construções pelos país, como a mesquita Umayyad, de Aleppo, têm sido saqueados, danificados ou destruídos nos três anos de conflito.

Usando imagens de satélite disponíveis comercialmente, o Unitar encontrou 24 locais completamente destruídos, 189 danificados de forma severa ou moderada, e outros 77 que foram possivelmente danificados.

Essa é uma “evidência alarmante do processo de destruição que está ocorrendo com o vasto patrimônio cultural sírio”, disse o Unitar em relatório.

"Os esforços nacionais e internacionais para proteger as áreas precisam ser intensificados para salvar para a humanidade a maior quantidade possível desse importante patrimônio.” Os confrontos entre as forças do presidente Bashar al-Assad e os rebeldes têm danificado locais e construções históricas pela Síria. Tumbas na cidade de Palmyra, no deserto, correm risco de saques, e templos romanos têm sido atingidos.

O relatório mostra danos que incluem locais considerados pela Unesco patrimônio mundial, a maior parte deles na cidade de Aleppo, no norte. Os dois lados do conflito têm usado fortalezas antigas como bases militares. O Exército colocou atiradores na Cidadela de Aleppo, um dos maiores e mais antigos castelos do mundo.

Forças insurgentes controlaram o Crac des Chevaliers, castelo de 900 anos. O Exército retomou o local em março, depois de meses de bombardeio.

As imagens de satélite também mostram que locais em Raqqa e na cidade milenar de Palmyra também foram bastante danificados. A cidade de Bosra e assentamentos abandonados do período bizantino foram atingidos.

Insurgentes sunitas radicais destruíram locais que eles consideravam heréticos.

Maamoun Abdulkarim, responsável pelo museus na Síria, disse à Reuters no ano passado que dezenas de milhares de artefatos de até dez mil anos de história haviam sito removidos para depósitos para não serem saqueados.

Segundo a ONU, mais de 200 mil pessoas foram mortas no conflito civil da Síria, que teve início em março de 2011.

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