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Selic em queda pode ajuda a recompor poupança, diz Secovi-SP

A forte crise econômica e a baixa rentabilidade fizeram os brasileiros retirar R$ 40,70 bilhões da poupança em 2016

Poupança: 2016 registrou a segunda maior saída líquida em 21 anos
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 14h25.

São Paulo - O presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Amary, considerou positiva a redução de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juros, que passou para 13,00%, conforme anunciado na quarta-feira, 11, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.

"Foi uma decisão positiva e mostrou que o Banco Central está realmente preocupado com a recuperação da economia", afirmou Amary em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. "Também vemos uma sinalização de que a queda dos juros continuará ao longo do ano", completou.

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Na avaliação de Amary, um dos principais efeitos positivos do movimento de queda da Selic deve ser a recuperação da atratividade da caderneta de poupança frente a outras aplicações referenciadas na taxa básica de juros. Esse movimento ajudará, aos poucos, a aliviar os saques e voltar a gerar captação positiva da caderneta.

A forte crise econômica e a baixa rentabilidade fizeram os brasileiros retirarem R$ 40,70 bilhões da poupança em 2016. Foi a segunda maior saída líquida em 21 anos, ficando atrás apenas de 2015, quando R$ 53,56 bilhões deixaram a caderneta.

A poupança é importante para o setor imobiliário, pois serve de fonte de recursos para a concessão de financiamento para a construção e comercialização de imóveis.

Segundo Amary, o ciclo de queda da Selic também deve levar os bancos a reduzirem as taxas de juros do financiamento, ajudando a reaquecer as vendas de imóveis gradualmente ao longo de 2017.

"Vejo tendência de que os bancos adequem suas taxas de juros no financiamento imobiliário, voltando a atrair os compradores de imóveis", disse.

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