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Na contramão de outros países, imóveis ficam 20% mais caros no Brasil

Enquanto o preço dos imóveis cai na maioria dos países, Brasil e Índia registraram aumento acima de dois dígitos no primeiro trimestre de 2012

Mais caro ou mais barato? (Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2012 às 08h12.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h22.

São Paulo - Os brasileiros veem seu poder de compra diminuir a cada dia na aquisição da sonhada casa própria, enquanto em vários países do mundo a situação é bem diferente. Embora a valorização de imóveis residenciais venha arrefecendo por aqui, o Brasil foi o segundo país onde os preços mais subiram no primeiro trimestre deste ano comparado ao do ano passado, atrás apenas da Índia. Pesquisa da Global Property Guide (GPG) em 36 mercados mostra que as duas nações vão na contramão do cenário mundial, onde os preços dos imóveis têm caído quando se leva em consideração a inflação. O movimento foi detectado em 24 nações, com apenas 12 registrando valorização. E dessas, somente duas cresceram acima de dois dígitos: Brasil e Índia. "Existe essa crença aqui de que os preços de imóveis são seguros e sempre sobem ou não oscilam. Mas isso é normal até em economias saudáveis”, afirma o professor Samy Dana, da Escola de Administração de Empresas da FGV. Claro que, no caso das nações a seguir - muitas envolvidas no epicentro da crise europeia - as contas nacionais não estão exatamente equilibradas. Clique nas imagens para descobrir os países onde os preços andam para baixo numa proporção superior a dois dígitos, e onde eles sobem com a mesma intensidade.
  • 2. Irlanda - ↓18,9%

    2 /7(SXC.Hu)

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    A Irlanda é campeã em declínio de preços dos imóveis desde o início da crise, e a queda tem sido vertiginosa. Em relação ao primeiro trimestre de 2011, houve este ano uma diminuição de 18.9% nos preços, depois de uma queda de 13,1% no ano passado, ambos ajustados pela inflação.

    O pior é que a queda foi detectada até mesmo nos valores nominais. Ou seja, entre um ano e outro, os imóveis ficaram mais baratos 17,1%. Segundo análise da GPG, as condições restritivas impostas ao crédito aliadas a baixa demanda, além da grande oferta de lares, faz do mercado imobiliário irlandês um dos mais difíceis do mundo no momento.

  • 3. Grécia - ↓11,6%

    3 /7(Andreas Trepte/Wikimedias Commons)

  • Como não poderia deixar de ser, o mercado imobiliário grego sofre com a crise que aflige o país e afugenta os investidores. No primeiro trimestre deste ano, os preços caíram 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando já tinham caído 10,4%.

    Desconsiderando a inflação, ou seja, o preço “de etiqueta” dos imóveis, a queda foi de 9,8% entre os trimestres.

  • 4. Polônia - ↓10,9%

    4 /7(Getty Images)

    Os preços dos imóveis em Varsóvia caíram 10,9% nos três primeiros meses de 2012 comparado ao mesmo período de 2011, quatro vezes mais que a queda de 2,7% registrada no ano passado. Para o povo polonês, os preços nominais ficaram 7,3% mais em conta entre um ano e outro.

  • 5. Portugal - ↓10,4%

    5 /7(Mario Proenca/Getty Images)

    Portugal é o último país da lista onde os preços têm caído dois dígitos acima da inflação, registrando 10,4% entre janeiro e março deste ano comparado a 2011. A queda já havia sido de 6,1% no primeiro trimestre de 2011. Desconsiderando a inflação, o preço dos imóveis saiu 7,3% mais em conta em 2012.

  • 6. Índia - ↑ 24,4%

    6 /7(Wikimedia Commons)

    Enquanto a maioria dos países sofre, na indiana Nova Déli os preços subiram 24,4% considerando o primeiro trimestre de 2012 contra o de 2011, quando já haviam registrado um incremento de 9%. Desconsiderando a inflação, o reajuste nominal dos imóveis foi de incríveis 33,3% em um ano.

  • 7. Brasil - ↑ 18,7%

    7 /7(Eduardo Albarello/Veja)

    No Brasil, as estatísticas da GPG incluem apenas São Paulo, onde os imóveis subiram 18,7% acima da inflação, conquistando o segundo lugar entre os 36 países pesquisados. No primeiro trimestre do ano passado, o aumento já havia sido de 17,3%, ficando atrás apenas de Hong Kong, que ocupava o topo na época.

    Na prática, o valor cobrado do comprador ficou 25,5% mais caro.

  • Acompanhe tudo sobre:ImóveisPrédios residenciais

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