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Especulação imobiliária nos EUA ressurge e acende alerta

Quase nove anos depois do colapso do mercado de imóveis residenciais nos EUA ter embalado uma recessão, executivo volta a enxergar o sinal vermelho

EUA: mesma especulação que instigou a bolha de preços está reaparecendo na parcela exagerada de imóveis tomados por falta de pagamento que são arrematados para revenda (.)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 17h06.

Quase nove anos depois do colapso do mercado de imóveis residenciais nos EUA ter embalado uma recessão , o diretor sênior da RealtyTrac, Daren Blomquist, volta a enxergar o sinal vermelho.

A mesma especulação fervilhante que instigou a bolha de preços das casas está reaparecendo na parcela exagerada de imóveis tomados por falta de pagamento que são arrematados em leilão por agentes interessados na revenda.

Essa parcela chegou ao recorde de 31 por cento em junho, de acordo com dados que a RealtyTrac começou a compilar em 2000.

Muitos desses especuladores são pessoas físicas inexperientes, disse Blomquist. Ao mesmo tempo, os investidores institucionais, que também fazem parte da categoria de especuladores que compram pelo menos 10 propriedades por ano, estão saindo do mercado.

"Vai contra a intuição, de certa forma, porque à medida que o mercado melhora e há menor disponibilidade de ativos relacionados a hipotecas executadas, a demanda no mercado por bons negócios, por barganhas, aumenta", disse Blomquist. "Quando se vê elevado percentual dessas propriedades indo para interessados na revenda, é um sinal de que esses especuladores talvez estejam inflando exageradamente o mercado."

Esses investidores estão abocanhando uma parte maior de um bolo que encolhe.

As vendas de imóveis com hipotecas executadas corresponderam a 8 por cento de todas as vendas de propriedades residenciais em junho, a menor parcela desde agosto de 2006.

Enquanto isso, investidores institucionais foram responsáveis por 38 por cento das compras por especuladores em leilões em junho.

A parcela representa uma queda notável em relação à tendência consistente próxima de 50 por cento nos primeiros cinco anos da expansão, segundo os dados. Essas compras representaram 2,5 por cento do total de imóveis residenciais negociados em junho, diminuindo em relação ao pico de 9,8 por cento atingido em fevereiro de 2013.

O mesmo recuo dos compradores institucionais precedeu dramaticamente o movimento de queda do passado recente, quando os mais experientes resolveram se afastar.

"As análises deles indicam que não é boa hora para comprar — é definitivamente outro sinal vermelho o fato de eles estarem recuando ao mesmo tempo em que investidores com menor entendimento avançam", ele disse.

Quanto aos descontos, era possível conseguir preço 40 por cento menor nos leilões nos anos iniciais da expansão, mas neste ano o desconto obtido está próximo de 30 por cento, afirmou Blomquist.

"Está aumentando a pressão dentro da panela e, em algum momento, essa pressão precisa sair", disse Blomquist. Ainda há tempo. "Provavelmente não no mês que vem nem em dois meses, mas nos próximos dois anos" deve se consolidar uma piora, ele afirmou.

De maneira geral, o mercado imobiliário parece ir muito bem, portanto os dados mostrando aumento das especulações por investidores não profissionais foi um sinal inicial de alerta, disse Blomquist. "O mercado imobiliário é cíclico — não tem uma tendência ascendente consistente."

São Paulo - São Paulo ficou entre os mercados imobiliários mais frios do planeta no 1º trimestre de 2016, segundo dados divulgados nessa semana pelo Global Property Guide. No cálculo com ajuste pela inflação , os preços de moradia na cidade caíram 2,37% no trimestre e 7,59% na comparação com o mesmo período do ano passado. Na conta de preços nominais, sem ajuste pela inflação, os números se tornam positivos: 0,14% de alta trimestral e 1,08% de alta anual. Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas acumuladas de imóveis novos em São Paulo tiveram o pior resultado desde 2004, divulgou o Sindicato da Habitação (Secovi).   Veja quais foram os 9 mercados imobiliários mais frios do mundo no 1º trimestre de 2016 (números ajustados pela inflação):
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  • 3. 2. Mongólia

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  • 9. 8. São Paulo

    9 /11(Wikimedia Commons)

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    Variação de preços no 1º tri de 2016
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    Em relação ao 1º tri de 2015-4,39%
  • 11 /11(Bloomberg/Meridith Kohut)

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