Economia

Aumento das locações por temporada aquece mercado imobiliário no Rio

A expansão da oferta e dos preços das locações atingiu 10%, no fim de 2011. Já a procura por locações de temporada para as festas do Natal e réveillon subiu 20%

Os preços e a oferta de imóveis para locação no município não acompanharam na mesma proporção (Wikimedia Commons)

Os preços e a oferta de imóveis para locação no município não acompanharam na mesma proporção (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2012 às 06h33.

Rio de Janeiro - O mercado imobiliário do Rio registrou aquecimento no fim de 2011, apresentando aumento nas locações por temporada, no que se refere à procura, à oferta e aos preços de imóveis.

Na capital fluminense, o delegado do Conselho Regional de Corretores do Estado (Creci/RJ), Laudiniro Cavalcanti, informou que a procura por locações de temporada para as festas do Natal e réveillon subiu 20%. “A cidade está superlotada de turistas estrangeiros e domésticos. E as notícias favoráveis em relação à segurança fizeram com que o Rio passasse a ser a cidade mais visitada do país”, acrescentou.

Os preços e a oferta de imóveis para locação no município não acompanharam na mesma proporção, entretanto, o aumento da procura, disse o delegado do Creci. “Porque as pessoas não se prepararam para essa recuperação tão rápida do setor de locação, inclusive para elevar os preços”. A expansão da oferta e dos preços das locações atingiu 10%, no período.

Segundo Laudiniro Cavalcanti, as pessoas que não tinham a cultura da locação, mas que alugaram um cômodo ou o seu apartamento por temporada verificaram que essa é uma oportunidade de aumentar a renda, em função de a rentabilidade ser convidativa. Isso aumentou a oferta de imóveis por temporada.

O diretor de Locação do Creci/RJ, Carlos Samuel, confirmou que o Rio vive um momento especial de divulgação devido à pacificação de comunidades, que favorece muito as locações por temporada. “Os hotéis estavam lotados e a saída foi aumentar a oferta de aluguéis”.

O fato de o réveillon ter caído em um fim de semana com bastante chuva não atrapalhou o segmento. “As locações já estavam previamente contratadas e são pagas antecipadamente. Os dois eventos não criaram embaraços substanciais”, explicou.

Pesquisa feita pelo Creci/RJ mostrou que o aumento da procura por imóveis para temporada para as festas de fim de ano foi registrado em Angra dos Reis, na Costa Verde do estado (35%). Em Paraty, na mesma região, a procura foi ampliada em 20%. Em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos, os preços dos imóveis com três quartos, próximos à praia, caíram 10% em comparação ao ano passado, mas nos demais perfis permaneceram estáveis. Em Saquarema, a oferta subiu entre 10% e 20%.

Nos municípios de Teresópolis e Petrópolis, na região serrana fluminense, a procura sofreu diminuição de 50% e 15%, respectivamente, em função da insegurança gerada pelas chuvas que atingiram a região em janeiro de 2010. A oferta manteve-se estável. Em Petrópolis, os preços cresceram cerca de 20% nos imóveis mais luxuosos.

Carlos Samuel recomendou que as pessoas interessadas em fazer locação por temporada nessas férias de verão devem manter-se alertas. O primeiro cuidado fundamental é “só alugar de quem é conhecido no mercado”. Convém fazer uma pesquisa antes para ver se o imóvel pretendido já teve locação antes, “porque existem aventureiros que vêm ao mercado somente para obter vantagens. É fundamental que a pessoa conheça a origem do locador e do imóvel para não ser surpreendido”. O candidato à locação não deve também depositar o dinheiro na conta de ninguém sem ter a certeza de que ele será pago à pessoa correta, disse o diretor do Creci.

Ele acredita que os mercados imobiliários da capital e do estado vão continuar aquecidos durante o ano e que o mercado de locação por temporada crescerá ainda mais.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasImóveisMetrópoles globaisPreçosRio de Janeiro

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor