Vídeos mostram como 8 carros suportam colisões
Teste com veículos de diferentes montadoras simula o que aconteceria com os passageiros em caso de acidentes e encontra falhas de segurança
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2012 às 01h21.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h39.
São Paulo - Testes de colisão com oito carros mostraram que as chances de danos físicos ou morte existem em todos os veículos. A uma velocidade de 64 km/h, nenhum automóvel atingiu o grau máximo de segurança na batida frontal com um obstáculo que simulava um carro. Conduzido pelo Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina (Latin NCAP), o teste foi divulgado pela ong de defesa do consumidor ProTeste. O objetivo é replicar as ações do Euro NCAP, que vem propondo mudanças nos automóveis desde a década de 90.
Entre todos os carros avaliados, quem se saiu melhor foi o Toyota Corolla XEi. O veículo recebeu a maior nota do teste quando avaliada a consequência da batida para adultos, com quatro das cinco estrelas possíveis. Para as crianças, no entanto, a nota foi apenas um. Isso porque a cadeirinha inicialmente recomendada pela montadora não conseguiu proteger o manequim, correspondente a uma criança de três anos. No caso de uma colisão, a cabeça da criança se chocaria contra a parte de trás do assento do motorista.
Entre todos os carros avaliados, quem se saiu melhor foi o Toyota Corolla XEi. O veículo recebeu a maior nota do teste quando avaliada a consequência da batida para adultos, com quatro das cinco estrelas possíveis. Para as crianças, no entanto, a nota foi apenas um. Isso porque a cadeirinha inicialmente recomendada pela montadora não conseguiu proteger o manequim, correspondente a uma criança de três anos. No caso de uma colisão, a cabeça da criança se chocaria contra a parte de trás do assento do motorista.
Apesar dos airbags do Palio terem oferecido boa proteção para os passageiros da frente, o peito do motorista sofre risco médio em função de "estruturas perigosas no área do painel de instrumentos". Além disso, os dispositivos que tiram a folga do cinto de segurança no momento do impacto não apresentaram desempenho adequado. Segundo o Latin NCAP, a Fiat já afirmou que vai rever a questão com seu fabricante de cintos. Para os passageiros adultos, o Palio ELX 1.4 com airbag ganhou três estrelas. Com informações insuficientes para a instalação da cadeirinha, a pontuação para as crianças foi de duas estrelas.
O mesmo problema do Palio se repetiu com o Gol, da Volkswagen: a área do painel de instrumentos também ofereceu riscos para os joelhos do condutor, apesar dos airbags de condutor e passageiro terem performado bem. A proteção para a parte inferior das pernas do motorista apresentou risco elevado em função do alto nível de deslocamento do pedal. Outro ponto contra foi o mau desempenho estrutural do assoalho. A segurança do carro ganhou três estrelas para adultos e duas para crianças. Uma das críticas relacionadas à estrutura do carro para os pequenos foi a impossibilidade de desativar o airbag do passageiro da frente para instalar uma cadeirinha no banco.
No momento da colisão do Chevrolet Meriva, a tampa do porta-malas abriu, apresentando risco de ejeção para os passageiros. Embora a própria montadora reconheça que a maioria dos carros vendidos no país não conta com airbags, o sistema de retenção do veículo protegeu bem a cabeça do condutor e passageiro da frente, rendendo ao veículo três estrelas na avaliação do Latin NCAP. Como a cadeirinha foi incapaz de garantir o avanço excessivo da criança durante o impacto, a nota para os passageiros infantis foi de apenas uma estrela.
Para o Peugeot 207 com airbag, o cinto de segurança e as próprias bolsas que se inflaram no momento da colisão não impediram que o peito do motorista se chocasse contra o volante. O risco elevado também foi verificado em relação às pernas do condutor, devido a um deslocamento para trás do pedal. A carroceria do carro tampouco foi capaz de suportar a carga. Por fim, rupturas no assoalho ameaçaram os pés do motorista. Ao contrário dos carros anteriores, as instruções para a instalação das cadeirinhas continham informações suficientes e estavam permanentemente fixadas. Entretanto, a proteção oferecida durante o impacto não foi bem avaliada. No total, o carro ganhou duas estrelas tanto para os adultos quanto para as crianças. O mesmo veículo sem airbag também foi testado e recebeu notas um para os adultos e dois para as crianças.
Segundo o NCAP, o risco para ferimentos fatais na cabeça do motorista do Gol sem airbag é "inaceitavelmente alto". Além disso, o cinto não foi capaz de impedir que o peito do motorista colidisse com o volante. Por outro lado, o carro apresentou um bom desempenho dinâmico para as crianças. Mas como o veículo é equipado com cintos de três pontas estático na parte de trás, a instalação segura das cadeirinhas se torna difícil. Segundo o fabricante, mais de 95% dos VW Gol fabricados para a América do Sul possuem cintos de três pontas com retrator automático, ao invés desse modelo. A pontuação do Gol sem airbag foi de uma estrela para adultos e duas para os passageiros infantis.
Ferimentos letais na cabeça e pouca proteção ao peito do motorista deram ao Palio sem airbag nota um no quesito proteção para os passageiros adultos. Em relação à criança, a cadeirinha recomendada pela montadora foi considerada incompatível com o sistema de cintos do veículo, fazendo com que o carro recebesse nota dois em segurança veicular. Vale lembrar que o mesmo carro equipado com airbag recebeu duas estrelas a mais para os passageiros da frente.
O carro com pior performance foi o CK1, da chinesa Geely. Para os adultos, todas as áreas do corpo do motorista receberam cargas elevadas. Tanto a coluna de direção quanto a coluna A e os pedais foram deslocadas. De acordo com o Latin NCAP, a instalação de um airbag sequer melhoraria a proteção para os ocupantes, já que a integridade da carroceria não é boa. Por esses motivos, o carro não recebeu nenhuma estrela no quesito proteção veicular para adultos. Para as crianças, a nota foi dois.