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Corretoras divergem sobre impacto das demissões na Embraer nas ações

Socopa mantém recomendação de compra; já o Bank of America corta pela metade o preço-justo dos papéis

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O plano da Embraer de demitir 4.300 funcionários e o número menor de aeronaves que devem ser entregues neste ano dividiram os analistas. Para a corretora brasileira Socopa, a empresa deve ser prejudicada neste ano pela piora das condições internacionais de crédito. Mas as perspectivas de longo prazo ainda são favoráveis, segundo a Socopa. "O término da crise possibilitará uma expansão da linha de transportes por aeronaves, principalmente as economias em desenvolvimento, que apresentam uma demanda contraída, com forte potencial de expansão", afirma em relatório.

Por isso, a corretora manteve sua recomendação de compra para as ações. O preço justo projetado pelos analistas é de 15,20 reais por ação, o que indica um potencial de alta de 76% sobre o fechamento desta quinta-feira (19/2). Por volta das 13h15, as ações ordinárias da companhia ( EMBR3, com direito a voto ) operavam em queda de 3,55%, cotadas a 8,16 reais. Até aquele momento, 543 negócios haviam sido realizados. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, recuava 2,88%, a 38.586 pontos.

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O otimismo não é compartilhado por todos. O Bank of America, por exemplo, cortou pela metade o preço-justo das ADRs (American Depositary Receipts) da Embraer listadas na Bolsa de Nova York. Em relatório assinado por Ronald Epstein e divulgado pela agência de notícias Bloomberg, o BofA reduziu as projeções de 27 dólares por ADR para 13 dólares.

Epstein estima que, com a redução de entregas de jatos, neste ano, a Embraer vai faturar 800 milhões de dólares a menos. Por isso, o BofA também reduziu sua estimativa de receitas de 6,3 bilhões de dólares para 5,5 bilhões. O banco rebaixou a recomendação dos papéis para "underperform", isto é, seu desempenho esperado deve ficar abaixo da média do mercado.

Enxugamento

Nesta quinta, a Embraer anunciou que cortará 4.300 funcionários devido á crise internacional, que afetará suas vendas de aeronaves. A redução equivale a 20% da mão-de-obra da empresa. Os cortes vão atingir funcionários operacionais, administrativos e gerenciais.

A Embraer também reduziu sua projeção de entregas de aviões neste ano de 270 para 242 unidades. Essa é a segunda revisão dos números. Inicialmente, a companhia planejava entregar entre 315 e 350 aeronaves.

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