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Doze corretoras indicam ações para dezembro

Analistas veem possibilidade de alta de 15% para a bolsa nos próximos meses e aconselham garimpar bem os papéis que ainda estão baratos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O mercado parece ter se adaptado à taxação da entrada de capital estrangeiro no país, por meio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Depois de um período de maior volatilidade, observado principalmente no final de outubro e no começo de novembro, a oscilação na bolsa brasileira diminuiu nas últimas semanas e o Ibovespa retomou uma trajetória mais definida de alta. O índice chegou a um novo patamar máximo no ano - 68.059 pontos no dia 18/11 - e fechou o mês aos 67.944 pontos, uma variação acumulada de 8,94%. Para os analistas, ainda há espaço, nos próximos meses, para um avanço do Ibovespa de cerca de 15% - uma alta bem mais modesta, portanto, que os 82% acumulados neste ano.

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No entanto, os riscos de que a moratória contamine outras economias, especialmente a de países emergentes, alguns deles bastante expostos à dívida da Dubai World, ainda existe. Segundo a analista de investimentos Kelly Trentin, da corretora SLW, há ainda a “dúvida quanto à possibilidade de outros países terem a mesma fragilidade de endividamento. Isso causaria mal estar no mercado e impactaria o Brasil no curto prazo. Avaliando melhor a situação, passado o calor do momento, o investidor voltaria a enxergar que o Brasil está muito bem, sem endividamento alto e com poucas dívidas para pagar em 2010”.

Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central, falou ao Portal Exame sobre o assunto e afirmou não acreditar que o Brasil possa ser afetado fortemente pela crise no emirado. “Trata-se de uma questão muito específica dos investidores que apostaram em Dubai. E Dubai é um país distante do Brasil, tanto em termos geográficos quanto econômicos.” O economista acrescentou que a moratória não deve gerar forte correção da bolsa no país porque a valorização dos ativos brasileiros tem fundamento (ao contrário da ideia de que poderia haver uma bolha no mercado nacional).

Bons indicadores
De modo geral, essa boa fase do mercado brasileiro em novembro acompanhou uma tendência consistente de valorização dos principais mercados mundiais, que reagiram de forma positiva à favorável temporada de dados nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Dentre os bons indicadores americanos reportados no mês passado, destacam-se a forte recuperação das vendas de automóveis, a expressiva elevação de 10,1% nas vendas do mercado imobiliário e as notícias mais otimistas com relação ao mercado de trabalho nos EUA.

Além das boas perspectivas para a recuperação econômica dos EUA e de outros países desenvolvidos, a aposta em um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2010 acima de 5% parece ser consenso no mercado. Segundo relatório dos analistas da corretora do HSBC, que opera de forma independente do banco, os últimos indicadores apontam para um maior crescimento da produção industrial e da utilização de capacidade instalada da indústria. É esperado também que o índice de confiança do consumidor chegue ao maior patamar dos últimos três anos. (Continua)


Entretanto, outro consenso aparece na opinião de que esta melhora dos indicadores já tenha sido razoavelmente precificada no mercado brasileiro. “Temos certa dificuldade em recomendar algum setor específico para investimentos, pois acreditamos que todos já estão mais ou menos bem precificados”, diz Fernando Siqueira, economista chefe da Intra Corretora. Segundo ele, a melhor estratégia de investimento para o atual momento do mercado seria fazer uma análise mais detalhada das empresas para encontrar aquelas ainda baratas.

Segundo as corretoras Brascan e Intra, seria a hora de posicionar as carteiras em setores ligados a commodities. “Se há a possibilidade de indicar alguns setores, são os que dependem de um crescimento econômico mundial mais forte. Acreditamos que, embora com certa precificação, setores como os de commodities, siderurgia (que também deve ser beneficiado pela prorrogação do IPI reduzido para a linha branca e automóveis flex 1.0) e mineração ainda estejam atrás dos demais, havendo possibilidade de valorização”, diz o economista-chefe da Intra Corretora.

Veja abaixo as carteiras de doze corretoras:

Ágora
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Petrobras PETR4 39,0038,800,52
BM&FBovespa BVMF3 Em revisão11,80#VALOR!
Gerdau GGBR4 27,7627,102,44
Vale VALE3 44,1649,02-9,91
SulAmérica SULA11 41,4048,00-13,75
Tractebel TBLE3 27,6621,0031,71
Telesp TLPP4 53,7138,1040,97
Energias do Brasil ENBR3 38,1531,0023,06
Itaú Unibanco ITUB4 38,7037,951,98
Alterações
Não houve
Ativa
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Pão de Açúcar PCAR5 Não informado55,30
Lojas Americanas LAME4 Não informado14,50
BR Malls BRML3 Não informado24,00
Bradesco BBDC4 Não informado36,50
Itausa ITSA4 Não informado11,20
Petrobras PETR4 Não informado38,80
Tractebel TBLE3 Não informado21,00
MPX Energia MPXE3 Não informado22,99
Vale VALE5 Não informado42,37
Telemar TNLP4 Não informado36,90
CCR Rodovias CCRO3 Não informado37,85
Brookfield BISA3 Não informado7,53
Weg WEGE3 Não informado17,80
Guarani ACGU3 Não informado5,09
Alterações
Entra: MPX, Brookfield
Sai: AES Tietê, Randon
Brascan
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Vale VALE5 46,2842,379,23
MMX MMXM3 17,1012,3630,00
Usiminas USIM5 62,3051,2021,68
Tele Norte Leste Participações TNLP4 58,1336,9057,53
CPFL CPFE3 40,2832,1025,48
Cemig PDGR3 33,2818,0084,89
AmBev AMBV4 175,00167,504,48
Suzano SUZB5 21,2518,7513,33
MRV MRVE3 42,3038,0511,17
PDG Realty PDGR3 Em revisão18,00#VALOR!
Alterações
Não houve
Geração Futuro
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Usiminas USIM5 Não Informado51,2
Banco do Brasil BBAS3 Não Informado30,9
Petrobras PETR4 Não Informado38,8
Taurus FJTA4 Não Informado6,27
Gerdau GGBR4 Não Informado20,5
VCP VCPA3 Não Informado24,3
Vale VALE5 Não Informado42,37
Randon RAPT4 Não Informado14,98
Guararapes GUAR3 Não Informado57,3
Alterações
Sai: WEG
HSBC
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Itau Unibanco ITUB4 Não informado37,95
CCR Rodovias CCRO3 Não informado37,85
BM&Fbovespa BVMF3 Não informado11,80
Cesp CESP6 Não informado18,50
Lojas Americanas LAME4 Não informado14,50
Ambev AMBV4 Não informado167,50
Petrobras PETR3 Não informado38,80
Vale VALE3 Não informado49,02
Gerdau GGBR4 Não informado27,10
Alterações
Entra: Itaú Unibanco
Sai: ALL
Intra
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Telemar TMAR5 70,0064,209,03
Hypermarcas HYPE3 46,0037,3023,32
Itaú Unibanco ITUB4 43,6437,9514,99
Cosan CSAN3 29,0020,6040,78
Tractebel TBLE3 28,1221,6030,19
Alterações
Entra: Cosan, Telemar, Tractebel
Sai: BRMalls, Souza Cruz, Embraer
Link
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Itaúsa ITSA4 14,2011,2126,67
Visanet VNET3 22,7016,4537,99
ALL ALLL11 19,306,50196,92
Bradespar BRAP4 52,0038,7034,37
Copasa CSMG3 41,0030,1036,21
Suzano SUZB5 24,0018,7528,00
Tractebel TBLE3 29,1021,0038,57
Vivo VIVO4 57,0049,2015,85
Tam TAMM4 36,0029,4022,45
Transmissão Paulista TRPL4 63,8049,8927,88
Alterações
Entra: Visanet, Tam
Sai: Marfrig, Gol
SLW
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Vale VALE5 54,3742,3728,32
Itaú Unibanco ITUB4 42,3837,9511,67
Pão de Açúcar PCAR5 63,0055,3013,92
Klabin KLBN4 6,304,8928,83
BRFoods PRGA3 57,6441,0140,55
Natura NATU3 37,1833,5510,82
Gerdau GGBR4 31,4127,1015,90
Gol GOLL4 27,1025,018,36
CSN CSNA3 63,7058,508,89
Petrobras PETR4 43,5038,8012,11
Alterações
Entra: Itaú Unibanco, Gerdau, Gol
Sai: Telemar, Braskem, Lojas Renner
Spinelli
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Itaú Unibanco ITUB4 44,5037,9517,26
Banco do Brasil BBAS3 Não informado30,90
Duratex DTEX3 17,8015,4715,06
Pão de Açucar PCAR5 Não informado55,30
JBS JBSS3 12,709,6032,29
Petrobras PETR4 45,0038,8015,98
Vale VALE5 45,0042,376,21
Cosan CSAN3 26,0020,6026,21
Cyrela CYRE3 28,0024,7013,36
BM&F Bovespa BVMF3 15,5011,8031,36
Alterações
Entra: Totvs, Bradesco,Telesp
Sai: Duratex, Itaú Unibanco, Cosan
Souza Barros
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Confab CNFB4 7,504,5664,47
Usiminas USIM5 62,7051,2022,46
Braskem BRKM5 13,5010,9423,40
MMX Mineração MMXM3 Não informado12,36
Petrobras PETR4 41,0038,805,67
Alterações
Entra: Confab, Usiminas, Braskem
Sai: Abyara, Ferbasa, Light
Um Investimentros
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
CSN CSNA3 72,0058,5023,08
CESP CESP6 30,0021,4530,00
MMX MMXM3 14,5012,3617,31
LLX LLXL3 12,008,9034,83
Brasil Foods PRGA3 58,0041,0141,43
PDG PDGR3 20,0018,0011,11
OGX OGXP3 2025,001484,9936,36
DASA DASA3 60,0054,4010,29
Duratex DTEX3 18,0015,4716,35
Santander SANB11 31,0023,3532,76
Alterações
Entra: OGX, Santander
Sai: B2W, MRV
XP Investimentos
EmpresaAçãoPreço-alvo (R$)Preço atual (R$)*Potencial de alta (%)
Petrobras PETR4 Não informado38,80
Vale VALE5 Não informado42,37
Gerdau GOAU4 Não informado33,05
Ultrapar UGPA4 Não informado79,00
Tractebel TBLE3 Não informado21,00
Itausa ITSA4 Não informado11,20
BM&F Bovespa BVMF3 Não informado11,80
Positivo POSI3 Não informado20,30
Eztec EZTC3 Não informado8,09
Brasil Foods PRGA3 Não informado41,01
Alterações
Entra: Brasil Foods
Sai: MPX
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