MRV espera levantar R$ 535,5 milhões com nova oferta de ações
Investidores interessados deverão solicitar a compra dos papéis no dia 22 de junho
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A construtora MRV estima levantar 535,5 milhões com a nova oferta de ações que fará na Bovespa no dia 25 de junho. A projeção, feita com base na cotação de fechamento de 8 de junho, considera a venda de 22.500.000 de papéis, sendo 18.000.000 de novas ações e 4.500.000 de ações de propriedade dos atuais acionistas, ao valor estimado de 23,80 reais. A fixação do preço dos papéis será realizada pelo procedimento de bookbuilding, no qual investidores institucionais apontam quanto estão dispostos a pagar pelos papéis.
Todos os investidores terão apenas o dia 22 de junho para fazer suas reservas. Os investidores de varejo poderão aplicar entre 3.000 reais e 300.000 reais nas ações. O mercado ficará sabendo por quanto serão comercializadas as ações no dia 24 de junho.
Caso haja excesso de demanda, a empresa poderá lançar um lote suplementar com 3.375.000 ações, nas mesmas condições e preço dos papéis inicialmente ofertados. Se a procura persistir, ainda há a possibilidade de lançamento de um lote adicional, com mais 4.500.000 ações. Ao preço de 23,80 reais, a venda integral das ações elevaria a captação a mais de 700 milhões de reais.
Os recursos obtidos com a venda das novas ações serão direcionados para a aquisição de novo terrenos, incorporação e construção de empreendimentos e capital de giro.
Para os atuais acionistas da construtora, essa nova oferta representa uma diluição de participação de 12%, pelos cálculos da corretora Fator. A corretora projeta potencial de valorização de 28% para os papéis, que têm preço-alvo projetado para junho de 2010 de 30,40 reais. Na Bovespa, as ações a MRV ( MRVE3 ) são negociadas nesta segunda-feira em queda de 1,98%, a 23,28 reais.
Na avaliação da corretora, as ações do setor de construção já incorporaram os efeitos positivos do lançamento do pacote habitacional, lançado pelo governo em março. Por isso, o potencial de valorização das ações deve ser limitado, especialmente no atual cenário de vendas ainda em recuperação e margens declinantes. "Ainda é cedo para retomar a trajetória de crescimento obtida pelo setor em 2007 e primeiro semestre de 2008. Por essa razão, continuamos com visão cautelosa sobre o setor como um todo", afirmam os analistas Eduardo Silveira e Sami Karlik em relatório publicado no dia 1º de junho.