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Mercado aprova resultados do Itaú Unibanco e ações sobem

Números vieram um pouco acima do esperado, mas carteira de crédito é prejudicada por operações no exterior

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Os investidores receberam bem os resultados do terceiro trimestre divulgados pelo Itaú Unibanco nesta terça-feira (3/11). Em uma manhã de queda do Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, as ações preferenciais do banco (ITUB4, sem direito a voto) são umas das poucas a apresentarem alta. Por volta das 12h20, os papéis subiam 2,29%, negociados a 34,25 reais. Já o Ibovespa recuava 0,90%, para 60.993 pontos. De acordo com a corretora Ativa, o desempenho da instituição ficou “ligeiramente acima do esperado”.

O lucro líquido trimestral somou 2,268 bilhões de reais. A cifra representa uma queda de 11,1% sobre o mesmo período do ano passado, e de 11,8% sobre o segundo trimestre de 2009. A Ativa observa, porém, que o recuo foi motivado por “efeitos extraordinários do período”. Quando se considera os resultados recorrentes, o lucro líquido sobe para 2,687 bilhões de reais, ou aumento de 10,6% sobre o segundo trimestre e de 0,4% na comparação com o ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido médio recorrente (ROAE) do trimestre ficou em 22,4% - uma melhora de 1,3 ponto percentual sobre os meses de abril a junho.

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Para a Ativa, o desempenho mostra que o banco pode apresentar sinais de recuperação no último trimestre do ano. “Entendemos que as referidas variações positivas podem ser interpretadas como um movimento de recuperação, o qual acreditamos que será melhor observado no quarto trimestre”, diz o relatório da corretora.

Câmbio

O Itaú Unibanco sentiu os efeitos da valorização do real em sua carteira de crédito. O saldo consolidado das operações totalizou 268,7 bilhões de reais – um incremento de 1% sobre o segundo trimestre, e de 5,5% sobre o ano passado. Os números ficaram abaixo da média do mercado: 5,1% sobre o segundo trimestre e 18,9% sobre o mesmo período de 2008. Segundo a Ativa, o fraco desempenho do banco deve-se ao resultado das operações de crédito no exterior, que foram pressionadas pela desvalorização do dólar.

A corretora afirma que, quando se ignoram as operações de crédito no exterior, a carteira do banco apresenta uma alta de 3,2% sobre o segundo trimestre deste ano, e de 10,1% sobre o ano passado. Os números são superiores ao dos bancos privados: 2,2% sobre o trimestre e 8,9% no comparativo anual. “Os destaques positivos ficaram por conta das operações de crédito imobiliário, cartão de crédito e operações para micro, pequenas e médias empresas”, afirma a Ativa.

O segmento de pessoas jurídicas (empresas) foi responsável por um incremento de 2,1 ponto percentual no índice de inadimplência, que ficou em 5,9%. Mas as pessoas jurídicas também contribuíram para melhorar a margem financeira do banco, com destaque para a carteira de micro, pequenas e médias empresas. A margem financeira encerrou setembro em 10,835 bilhões de reais, ou 17,5% maior que o terceiro trimestre de 2008.

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