EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h14.
Quem passa pela pacata rua Hay's Mews, no bairro chique de Mayfair, em Londres, pode nem perceber um estabelecimento que se esconde por trás do número 27A. Afora um discreto cardápio fixado à frente de um jardim, nada indica que ali se esconde o Greenhouse, um dos restaurantes estrelados do guia Michelin na capital inglesa. Além de uma comida primorosa, o Greenhouse tem outro atrativo: uma das maiores adegas do mundo, com 200 000 garrafas. Desse total, 7 500 ficam no próprio restaurante e o restante, por razões de espaço, está guardado em uma cave na cidade de Corsham, a 140 quilômetros de Londres. "Nossa clientela vem do mundo corporativo", afirma o francês Benoît Allauzen, sommelier-chefe do Greenhouse. Num dia de bom movimento, esses clientes consomem até 30 garrafas.
A estrela do cardápio é uma garrafa de Château Lafitte-Rothschild 1870, à venda por 37 000 dólares. Entre outras preciosidades, o restaurante oferece um Romanée-Conti 1929 por 29 000 dólares e meia garrafa do vinho branco húngaro State Farms Tokaji Essencia, safra 1889, por 21 000 dólares. "A última grande garrafa que vendemos foi um Hermitage La Chapelle 1961, por 8 500 dólares, em outubro", diz Allauzen. Nem todas as opções da adega, porém, têm preços exorbitantes. Entre os rótulos mais em conta, Allauzen cita um Lauzières 2001, da região do Languedoc-Roussillon (58 dólares), e o americano Duck Pond Cellar 2002 (65 dólares).
O sommelier tem orgulho de mostrar as quatro adegas do restaurante: duas para vinhos brancos, uma para tintos mais jovens e outra para as jóias da coroa -- as grandes safras e as aquisições feitas em leilões. Essa única cave armazena garrafas que valem algumas centenas de milhares de dólares, trancadas por uma porta blindada, vigiadas por câmeras e protegidas por um alarme (obviamente, as valiosas garrafas também estão protegidas por um polpudo seguro). "De qualquer forma, estamos em Mayfair, onde as pessoas estacionam seus Aston Martin e suas Ferrari na rua", diz Allauzen. "Se acontecer alguma coisa, chegam policiais em 30 segundos."