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Mais cinco empresas planejam lançar ações na bolsa neste ano

Se a previsão se confirmar, haverá mais ofertas públicas na Bovespa que em 2004

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Quatro empresas brasileiras já lançaram ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) neste ano, captando 1,3 bilhão de reais. Até dezembro, outras cinco empresas devem seguir o mesmo caminho e levantar cerca de 4 bilhões de reais. A informação parte das próprias empresas que pretendem ir a mercado e também de executivos de bancos de investimento que coordenam as operações. Se a previsão se confirmar, mais empresas vão estrear na bolsa em 2005 do que em 2004, quando sete companhias levantaram 4,5 bilhões de reais colocando suas ações no pregão.

O curioso é que, de 2004 para cá, a situação da bolsa brasileira piorou. Hoje, o mercado vive de altos e baixos, prejudicado pela instabilidade política. No acumulado do ano até 21 de junho, por exemplo, o índice Bovespa caía 2% em 2004, o indicador fechou com valorização de 18%. O cenário mais pessimista não está afastando as empresas do pregão porque, dizem especialistas, o comportamento do mercado não é o único nem mesmo o principal fator levado em conta pelas companhias na hora de lançar ações. "O desempenho da bolsa é só mais um dos fatores", diz Rodolfo Riechert, sócio do banco carioca Pactual. "Para ingressar na bolsa, o mais importante é que a empresa tenha uma história sólida e interessante, que atraia os investidores".

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Por isso, cinco empresas mantêm pelo menos até agora seus planos de lançar ações no mercado. Dessas, apenas duas vão de fato abrir capital: a empresa EDP Energia e o banco Nossa Caixa. O banco informou que pretende vender 25% de seu capital na Bovespa em outubro, captando cerca de 700 milhões de reais.

Outra empresa que deve estrear na Bovespa é a incorporadora imobiliária Brazil Realty, que tem capital aberto desde 1992 mas nunca lançou ações na bolsa. O plano é fazer a estréia no mercado até agosto, embora a empresa não comente oficialmente a decisão.

As outras duas empresas que devem colocar novas ações no mercado são Arcelor e Lojas Renner. A Arcelor, grupo europeu que é o maior fabricante mundial de aço, controla quatro siderúrgicas brasileiras, a Acesita, a Belgo Mineira, a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e a Vega do Sul. A intenção do grupo é criar uma holding chamada Arcelor Brasil, reunindo as quatro empresas brasileiras. Com isso, as ações dessas empresas, que já são negociadas na Bovespa, teriam de ser substituídas por novas ações da Arcelor Brasil.

A Lojas Renner, que também é uma companhia aberta, já iniciou o processo de emissão de ações. A empresa publicou um aviso da oferta nos principais jornais do país no último dia 13 de junho. O início da negociação dos papéis na Bovespa está previsto para o início de julho. A operação é considerada um marco no mercado de capitais brasileiro porque será a primeira vez em que o controle de uma empresa nacional estará pulverizado na bolsa. A JC Penney, rede americana de lojas de departamento que é dona da Renner, quer vender 98% das ações da companhia brasileira na bolsa. Com a decisão, a JC Penney espera conseguir algo próximo de 1 bilhão de reais três vezes o valor pago pela Renner em 1998 e então deixar o país.

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