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Itaú Unibanco admite avaliar a compra do Banamex

Instituição afirma que analisaria aquisição do segundo maior banco mexicano caso o Citigroup decida colocá-lo à venda

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Itaú Unibanco vai manter sua estratégia de expansão internacional na América Latina logo após a conclusão de seu processo de fusão. Um dos países apontados pelo banco como opção interessante é o México, onde, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira pelo Wall Street Journal, o segundo maior banco local, o Banamex, pode ser colocado à venda.

Segundo a corretora Ativa, o Itaú Unibanco admitiu em sua teleconferência com analistas que poderá analisar a compra do Banamex caso seu controlador, o Citigroup, decida mesmo vendê-lo.

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A prioridade, no entanto, continua a ser integração entre o Itaú e o Unibanco. “Não estamos buscando comprar nada barato”, reforçou Setubal em coletiva, afirmando que o banco não vai tomar uma atitude precipitada para aproveitar os baixos preços dos bancos mundiais.

O controle do Banamex, segundo maior banco mexicano, vem enfrentando um impasse porque o governo deve assumir uma fatia de 40% do Citigroup. Isso porque a legislação do México impede que bancos estrangeiros com mais de 10% de seus ativos em mãos governamentais operem no país.

A esperança dos investidores é que a diplomacia consiga resolver a questão, com um acordo ao menos temporário entre os governos dos Estados Unidos e do México, já que representantes do Citi consideram a venda do Banamex como última opção, segundo o WSJ.

Futuro das financeiras

Se por um lado o Itaú Unibanco quer expandir suas operações ao exterior e admite analisar a possibilidade de compra do Banamex, por outro a fusão o fará encerrar as atividades de uma de suas financeiras, a Taií. Setubal afirmou que a marca deve ser descontinuada, sendo absorvida pela Fininvest, do Unibanco, considerada mais forte e tradicional.

Conforme ressaltou a equipe da Link Investimentos, desde sua criação em 2004, a Taií gerou somente resultados negativos, com prejuízo de 72 milhões de reais em 2008, apesar de certa melhora apresentada em suas operações.

“A união com as operações da Fininvest deve trazer ganhos de sinergia para as financeiras. Assim como a Taií, a financeira do Unibanco também possui parceria com lojas de varejo, o que é positivo no cenário de maior inadimplência, uma vez que o risco é mais reduzido”, explicaram os analistas.

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