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Fundos de pensão obtêm bom resultado em renda variável em 2004

Segundo a consultoria de investimento Mercer, o bom desempenho é resultado da montagem de equipes de gestão mais preparadas para lidar com ações, e contrasta com a dificuldade dos gestores em superar metas em renda fixa

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

As carteiras de renda variável dos fundos de pensão estão melhorando seu desempenho trimestre após trimestre, na rota inversa das carteiras de renda fixa. A constatação faz parte de pesquisa periódica da consultoria Mercer junto a 64 clientes, todos investidores institucionais. A proporção dos clientes que superam o benchmark em renda variável atingiu 62% no primeiro trimestre de 2004, 80% no segundo e 92% no terceiro, enquanto a taxa de sucesso em renda fixa caiu de 88% no primeiro trimestre do ano para 71% no segundo, e depois para 59% no terceiro.

Para Lauro Araújo, responsável pela área de investimentos da Mercer, o bom desempenho dos fundos de pensão pode ser atribuído à maior atenção que tem sido dedicada para a formação de equipes com experiência em Bolsa de Valores. "Os fundos eram péssimos gestores de renda variável", afirma.

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A dificuldade agora parece ter se transferido para a renda fixa, mas por motivos diferentes. "Os papéis do governo não pagam mais tão bem", diz. O perfil dos clientes da Mercer, segundo Araújo, é extremamente avesso a risco, mas para atingir as metas atuariais será necessário migrar para outras formas de aplicação. "Os gestores vão ter de buscar outros ativos."

Em uma pesquisa mais ampla junto a 124 fundos de pensão, representando pouco mais de 40% das entidades ativas no país, a Mercer verificou em outubro uma alocação média de 85,3% dos recursos em renda fixa e de 14,5% em renda variável. O custo médio da gestão de renda fixa caiu para 0,19% do patrimônio administrado, ante 0,24% em 2003. No caso da renda variável, houve recuo de 0,51% em 2003 para 0,45% em 2004. "Houve um forte achatamento das taxas máximas, por renegociação com os bancos", afirma o consultor. O volume anual médio de gastos com despesas operacionais e administrativas, com exceção dos gastos com administração de recursos, ficaram em 0,93% do patrimônio total dos fundos pesquisados.

Os fundos de pensão movimentam 257 bilhões de reais, ou 15% do Produto Interno Bruto brasileiro.

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