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Free float de 25% e eficiência maior são alvos do BB

Por Aluísio Alves SÃO PAULO, 7 de dezembro (Reuters) - O aumento moderado do free float das ações por meio de uma oferta pública que pode incluir ADRs e o ganho de eficiência estão entre os alvos do Banco do Brasil em 2010, sinalizaram executivos da instituição nesta segunda-feira.   "O aumento de capitalização passa, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO, 7 de dezembro (Reuters) - O aumento moderado do free float das ações por meio de uma oferta pública que pode incluir ADRs e o ganho de eficiência estão entre os alvos do Banco do Brasil em 2010, sinalizaram executivos da instituição nesta segunda-feira.

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"O aumento de capitalização passa, sim, por uma emissão primária e secundária", disse o presidente do banco, Aldemir Bendine, a jornalistas, sem estimar quando a operação deve ocorrer.

A emissão tem como pano de fundo a necessidade de elevar o nível de capitalização, hoje em cerca de 13,9 por cento, pouco acima do piso de 11 por cento exigido pelo Banco Central. Com a venda de ações, o BB quer que seu índice suba a 16 por cento.

Ao mesmo tempo, a oferta resolveria outra pendência, o acordo firmado com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de elevar o volume de ações no mercado (free float) para pelo menos 25 por cento até junho de 2011. Hoje, esse percentual é de cerca de 21 por cento.

Segundo o vice-presidente de Finanças do BB, Ivan Monteiro, o Tesouro Nacional e o BNDESPar, braço de participações do BNDES, devem ser os acionistas vendedores na oferta secundária, já que o Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco, já sinalizou que não pretende vender suas ações da instituição.

A oferta deve contemplar a emissão de ADRs. Para isso, o banco precisa antes obter aprovação da SEC (CVM dos EUA) para emitir recibos de nível 2. O BB começou a ter ADRs apenas de nível 1 transacionados em Nova York na semana passada.

De acordo com Monteiro, o banco também deve aproveitar "janelas de oportunidade" para captar também com bonds. "Há muita demanda de investidor para bonds do BB com prazos de 5 ou 10 anos", afirmou.

CRÉDITO

O interesse da instituição pelo reforço na capitalização também é motivada pela expectativa de contínua expansão do crédito. No período de 12 meses encerrado em setembro, a carteira total do BB teve um incremento de 41 por cento.

De acordo com Bendine, esse ritmo foi mantido desde então, puxado pelas operações de financiamento a consumo. Para 2010, o BB tem uma meta preliminar de crescimento de 20 por cento da carteira, diante da previsão de alta mais forte do PIB. Um número final precisará de aval do Conselho de Administração.

E o crescimento dos empréstimos vai se dar sem alta nos índices de inadimplência, segundo Bendine. "A tendência é lateral ou mesmo de queda (da inadimplência)", afirmou.

Antevendo um aumento de competição entre os grandes bancos comerciais pelo mercado de crédito, Bendine projetou que instituições do setor, incluindo o próprio BB poderão fechar parcerias para ter uma estrutura única compartilhada em áreas como back office e terminais de atendimento. O objetivo é ganhar eficiência.

"O Banco do Brasil tem 42 mil terminais de auto-atendimento que têm uma manutenção caríssima", afirmou.

Uma das frentes em que o banco já está computando ganhos de eficiência, segundo ele, é com a Nossa Caixa, banco paulista que teve a incorporação ao BB aprovada semana passada.

"A sinergia esperada com a Nossa Caixa é de 30 milhões de reais por mês", disse Bendine.

O aumento de eficiência, somado ao ganho de escala dos negócios são, segundo o executivo, as principais armas para fazer frente à queda nos níveis de rentabilidade sobre patrimônio esperada para o sistema bancário nos próximos anos.

"Os bancos brasileiros vão passar por um movimento de redução nas margens. Tem que aumentar volumes e receitas", disse Bendine.

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