Financeira do Pão de Açúcar deve zerar prejuízos em 2007
Abertura de lojas da FIC superou as expectativas do grupo neste ano, mas equilíbrio econômico-financeiro ainda não veio
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
A Financeira Itaú CBD S.A. (FIC), parceria firmada entre o banco e a rede varejista em julho de 2004 para financiar os clientes do Grupo Pão de Açúcar, só deixará de registrar prejuízos em 2007, segundo estimativas da direção da companhia. "Em 2007, esperamos que a FIC atinja seu break even [ponto de equilíbrio econômico-financeiro, no qual despesas e receitas empatam]", afirmou Fernando Tracanella, diretor de Relações com Investidores do Pão de Açúcar em teleconferência com analistas, nesta sexta-feira (10/3).
Em 2005, seu primeiro ano fiscal completo, a FIC apresentou prejuízo líquido de 32,4 milhões de reais. O Grupo Pão de Açúcar detém metade do capital da financeira, por meio de sua subsidiária integral Miravalles Empreendimentos e Participações. Por isso, as perdas da FIC exerceram um impacto negativo de 16,2 milhões de reais sobre as contas do grupo.
Segundo Tracanella, a expectativa é que a FIC ainda apresente resultados negativos neste ano, embora decrescentes. O aspecto positivo, de acordo com o executivo, é a acelerada expansão de sua rede. O planejamento de 2005 propunha que a FIC encerrasse o ano com 156 pontos de atendimento, mas o resultado final foi praticamente o dobro: 308 unidades abertas.
Em dezembro do ano passado, a financeira já respondia por 14% das vendas do Grupo Pão de Açúcar. Entre os produtos que oferece, estão o crédito direto ao consumidor, seguros e garantia estendida. O total de financiamentos a clientes da rede varejista, no final de 2005, atingiu 6,044 milhões de reais no curto prazo (dados consolidados), além de 30,941 milhões no longo prazo (prazo superior a 12 meses).
As operações de crédito a clientes possuem encargos pré-fixados de 2,99% a 4,99% ao mês, com prazos de pagamento de até 24 meses. A faixa de juros praticados pela companhia caiu em relação a 2004, quando o teto foi de 7,6%.