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"Em até dez anos, carteira de crédito imobiliário do Itaú deve chegar a R$ 20 bi", diz Setubal

Presidente do banco afirma que deve levar de cinco a dez anos para o mercado imobiliário amadurecer

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

Mesmo com as medidas anunciadas recentemente pelo governo para impulsionar o mercado imobiliário, o setor deve levar de cinco a dez anos para amadurecer. A previsão é do presidente do banco Itaú, Roberto Setubal. "Para o mercado se desenvolver, é preciso ter uma legislação mais adequada e juros mais baixos, na faixa dos 10% ao ano. Acredito que isso vá acontecer nos próximos anos", afirma.

Em 2006, o Itaú concedeu 2,4 bilhões de reais em crédito imobiliário e, segundo Setubal, esse valor poderia ser dez vezes maior se o mercado já estivesse consolidado. "Nossa carteira chegará a 20 bilhões de reais daqui cinco a dez anos, quando o setor estiver maduro", afirma.

De acordo com o executivo, 2007 será um ano de resultados recordes para o banco em financiamentos de imóveis. Sem fazer previsões, o presidente do Itaú diz que pretende ampliar a concessão de empréstimos para habitação, tendo como principal diferencial contratos com prestações fixas. "Isso dá mais segurança aos clientes e, por isso, deve ser um grande atrativo", afirma.

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Estratégias

Apesar das boas perspectivas para o crédito imobiliário, o produto não é o foco da instituição. "Este ano, vamos nos concentrar nos empréstimos às micro, pequenas e médias empresas, às pessoas físicas e nos financiamentos de veículos", afirma o diretor de Controladoria do Itaú, Silvio de Carvalho.

Estes segmentos foram os que mais cresceram em 2006: 64,7% no financiamento de veículos; 59,9% no crédito a micro, pequenas e médias empresas; 28,7% no crédito pessoal e 27,3% no cartão de crédito.

"Nossa maior oportunidade de crescimento é no segmento de micro, pequenas e médias empresas. É onde estamos mais defasados e onde o Bank Boston tinha uma boa participação - o que vai nos ajudar bastante", diz Roberto Setubal.

No que diz respeito ao disputado segmento de crédito consignado, o presidente do Itaú é sucinto: "queremos ampliar nossa participação no mercado e estamos atentos a qualquer negócio que possa surgir". Até novembro, a instituição tem preferência de compra do BMG, o primeiro banco privado a operar crédito consignado no Brasil e, em decorrência, um dos maiores a atuar neste setor. No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o BMG teve seu nome envolvido no escândalo do mensalão - o pagamento a parlamentares, em troca de apoio ao governo.

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