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Crise no mercado financeiro adia aberturas de capital

Há casos no Brasil e também no Reino Unido

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

A crise que atingiu o mercado financeiro mundial nos últimos dias já começa a colocar em compasso de espera os planos de aberturas de capital de algumas empresas. Por enquanto, três lançamentos de ações foram adiados, um no Brasil e dois no Reino Unido. O número tende a aumentar. "Tudo depende do comportamento do mercado", diz Marcelo Kayath, diretor do banco de investimentos Credit Suisse.

Na última quarta-feira (24/5), a fabricante de bicicletas e motos Brasil & Movimento (B&M), dona da marca Sundown, anunciou que adiaria sua estréia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Inicialmente prevista para ocorrer nesta sexta-feira, a oferta inicial de ações foi postergada para o dia 5 de junho. Num comunicado, a B&M justificou a mudança citando a instabilidade do mercado de capitais. Outra empresa que está prestar a ingressar na bolsa é a GP Investimentos. A estréia está programada para a próxima segunda-feira, dia 29 de maio. Oficialmente, a GP diz que o cronograma está mantido. Extra-oficialmente, porém, pessoas próximas à empresa admitem que pode haver mudanças se turbulência continuar.

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As companhias que estão em processo de abertura de capital podem desistir da operação até a véspera do lançamento de ações na bolsa, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso é permitido desde 2004. "A CVM entende que o mercado de capitais é volátil", diz Carlos Alberto Rebello, superintendente de registro da autarquia. "Não é saudável obrigar uma empresa a ingressar na bolsa num momento ruim."

A crise não está prejudicando apenas as companhias brasileiras. Na edição de hoje, o jornal Financial Times informa que duas empresas britânicas - a CMC Markets e a Sigma Capital Investments - decidiram adiar suas ofertas de ações em razão do mau momento da bolsa. Segundo o jornal, as empresas "continuam comprometidas com o lançamento, mas decidiram esperar até que o mercado esteja menos volátil."

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