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Crise dos <EM>hedge funds </EM>não afeta títulos de países emergentes

Rebaixamento dos papéis da GM e da Ford não afetou os fundos que investem em países emergentes, como se supunha

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A crise dos hedge funds, gerada pelo rebaixamento dos papéis da General Motors (GM) e da Ford pelas agências de risco, não atingiu o mercado de títulos dos países emergentes, como previam os analistas. De acordo com o banco JP Morgan, desde que a nota da GM e da Ford foi revista, os fundos high-yield (de alta taxa de retorno) apresentaram uma saída líquida de recursos de 1,5 bilhão de dólares. Apesar disso, os títulos de países emergentes saíram relativamente ilesos da turbulência e alguns conseguiram, inclusive, atrair novos investidores.

Segundo o americano The Wall Street Journal, há boas razões para o interesse nos emergentes. Os sistemas políticos desses países têm melhorado, as taxas fixas de câmbio foram abandonadas e as exportações estão crescendo. O jornal cita os superávits comerciais do Brasil, o crescimento das reservas internacionais da Rússia e a melhora do perfil da dívida da Ucrânia como exemplos da boa saúde econômica desses mercados.

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Isso não significa, contudo, que os investidores disponham de tantos recursos para ser complacentes com os países em desenvolvimento. O outro lado do sucesso das exportações dessas nações é o enorme déficit comercial americano. Em algum momento, essa situação deverá se inverter, assim como a conjuntura bizarra que leva os países emergentes, com pouca disponibilidade de capital e rápido crescimento, a exportar recursos financeiros para os Estados Unidos.

Além disso, os spreads dos títulos de emergentes estão quase tão baixos quanto sempre foram. De acordo com The Wall Street Journal, a diferença média em relação aos títulos do Tesouro americano é de 3,82%, taxa apenas um pouco acima da registrada antes da crise asiática.

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