São Paulo – O brasileiro é bem intencionado até na hora de planejar os gastos de fim de ano, mas acaba se descontrolando e desejando ganhar dinheiro como presente de Natal. Pesquisa da Western Union mostra que 77% dos brasileiros pretendem criar um orçamento para a compra dos presentes de fim de ano; em compensação 54% das pessoas pesquisadas acredita que deve gastar mais dinheiro do que imaginava para encontrar o presente perfeito.

Esse descontrole das finanças na época de Natal não é recente, nem exclusivo do Brasil. Em 2010, 65% dos brasileiros fizeram um orçamento para as compras de fim de ano. Destes, apenas 22% gastaram exatamente o previsto e 63% gastaram muito mais do que o esperado. O resultado está alinhado com o balanço da pesquisa global realizada pela Western Union em oito países. Nos Estados Unidos, por exemplo, 50% dos participantes tinham um orçamento para as festas em 2010, mas destes, 63% ultrapassaram o previsto.

Dinheiro é o melhor presente

A pesquisa também revela que 70% dos brasileiros preferem ganhar dinheiro, e não presentes, no Natal. A pergunta se referia, especificamente, a ganhar 100 reais em dinheiro ou um presente deste valor, mesmo que fosse um presente ótimo. Essas pessoas acreditam que, com dinheiro, terão mais chances de seguir seu orçamento de fim de ano. E para 29% delas, o destino dessa quantia seria a poupança ou outro investimento. Em seguida vêm os gastos pessoais (28%), os gastos com contas básicas, como gás e alimentação (20%) e o uso para comprar um presente para outra pessoa (10%).

Essa é outra tendência global. Em todos os demais países pesquisados pela Western Union – Estados Unidos, México, Reino Unido, Alemanha, Emirados Árabes, África do Sul e Índia – o dinheiro é o presente mais cobiçado. Em média, 69% das pessoas ouvidas ao redor do mundo preferem receber uma quantia em dinheiro a ganhar um presente do mesmo valor.

O levantamento da Western Union foi realizado pela Wakefield Research e ouviu 500 brasileiros com mais de 18 anos, entre 21 de setembro e 21 de outubro deste ano, por meio de pesquisa online. Nos demais países, foram ouvidas outras 4.000 pessoas.